A pandemia da COVID-19 trouxe algumas mudanças, adaptações e reflexões acerca do Sistema Único de Saúde (SUS), na perspectiva de analisar como seriam os atendimentos de pessoas idosas contaminadas com o vírus e com outras doenças ou incapacidades que surgissem no mesmo período. Os idosos eram e ainda são os mais vulneráveis a determinadas enfermidades, surgindo, portanto, a questão de avaliar se houve alterações na quantidade e tipos de internações antes e durante a pandemia desse público alvo. Trata-se de um estudo de caráter ecológico, com abordagem quantitativa, utilizando dados de domínio público extraídos da base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a pesquisa foi conduzida com dados de todo o Brasil em dois períodos: os 2 anos antes da pandemia da COVID-19 entre 2018 e 2019 e o período da pandemia da COVID-19 entre 2020 a 2021. Foram incluídas nesse recorte a faixa etária de 60 anos ou mais de ambos os sexos. Entre os anos de 2018 e 2019 houveram 6.260.982 internações de pessoas idosas no Brasil, dessas 4.806.642 foram de urgência 1.417.283) eletivas. No período da pandemia da Covid-19 em 2020 e 2021 ocorreram cerca de 6.076.981, onde 4.977.094 foram de urgência e eletivas foi observado um total de 1.067.674. Ao comparar os dois períodos é percebido que houve um aumento do número de casos de internação da pessoa idosa por urgência e diminuição das eletivas, assim como em todos os anos, quanto maior idade maior incidência de internação por urgências, e quanto menor idade maior incidência de internação eletiva.