A população brasileira passa, atualmente, pelo processo de envelhecimento e por grave desequilíbrio financeiro, agravados após a crise pandêmica de COVID-19. Os fenômenos de inversão da pirâmide etária e a crise econômica brasileira, são constantemente apresentados, entretanto, pouco investiga-se a relação dialética entre eles e as possíveis consequências dessa vinculação. Assim, mostra-se imprescindível analisar o entrelaçamento desses dois fenômenos e os possíveis reflexos na sociedade, como o crescimento da rualização e a exclusão social dessa população envelhecida. Este estudo busca, então, identificar os reveses que levam as pessoas idosas a subsistirem em situação de rua, e quais considerações são apontadas como produtoras dessa realidade de desumanização. O interesse é analisar se conjunturas como o desemprego, o desamparo governamental e familiar, o desejo por liberdade diante de exigências culturais opressoras, o envolvimento com álcool e outras drogas, ou mesmo questões psicológicas, são exemplos impulsores da rualização desses sujeitos. Desse modo, procura ir além, preocupando-se em identificar as questões políticas e sociais que expurgam essa população a sobreviverem à margem de seus direitos, da humanização e desafiliados de uma sociedade que deveria servir de abrigo. A presente pesquisa busca seus propósitos por meio de uma revisão sistemática da literatura existente sobre as pessoas velhas em situação de rua no Brasil, e o método utilizado de exploração da bibliografia encontrada, deu-se a partir dos descritores “envelhecer em situação de rua”, “por que os idosos estão nas ruas” e “ população idosa e exclusão social”. E ainda, analisar possíveis temas semelhantes caros a esta pesquisa, por exemplo, a crise econômica brasileira e a tendência mundial a inversão da pirâmide etária.