Durante a pandemia a pessoa idosa, por normas de biossegurança, foi recomendada a praticar o isolamento social, por meio de medidas de distanciamento que dificultasse a exposição ao vírus da COVID-19. Entretanto, juntamente com a pandemia do novo coronavírus, evidenciou-se uma pandemia oculta de sofrimento mental, que se potencializou com a inatividade física, aumentando a probabilidade de adoecimento mental entre idosos. Mas, quando foi possível o funcionamento das academias, respeitando as normas de biossegurança, percebeu-se a importância do espaço, como ambiente terapêutico, já que dotados de equipamentos de biossegurança e respeitando as normas sanitárias, os idosos voltaram a frequentar as aulas práticas. O presente arcabouço, trata-se de relato sobre a importância do atendimento personalizado em academias de ginástica com foco na pessoa idosa, já que estas constroem vínculos, estabelecem comunicação entre seus pares e profissionais, e executam exercícios que preservam sua saúde física e mental. Foi criado grupos de idosas, composto por 15 mulheres, sendo intitulado pelas mesmas como “ritmos das poderosas”. As aulas aconteciam diariamente, durante 60 minutos, com músicas diversas, para trabalhar grupos musculares, melhorar a respiração e expansibilidade pulmonar, melhorar a imunidade, através da atividade física, além de resgatar lembranças socioafetivas e culturais que estimulasse a socialização e o prazer. Durante os encontros ocorriam relatos sobre: como se se sentiam felizes e livres no momento da aula, visto que era um espaço onde esqueciam de situações e problemas do cotidiano, como a vulnerabilidade e tesão frente a pandemia. Por fim, nota-se que as aulas estimulavam a sensação de prazer/alegria, proporcionando inúmeros benefícios já que houve relatos de melhoria do sono; boa disposição ao acordar e vontade de participar, superando o isolamento e distanciamento social (risco para a saúde mental), através do convívio com as outras alunas, mas respeitando o “distanciamento físico”.