O estímulo ao envelhecimento ativo deve nortear as ações voltadas para a pessoa idosa, de forma que sua independência e autonomia sejam potencializadas nos espaços de cuidado, perpassando não só pelo processo de atenção no período da senescência, mas também da senilidade, quando o idoso necessita ser visto de modo singular, haja vista as possíveis limitações que poderão surgir, sejam físicas ou ambientais, especialmente no Hospital. Trata-se de relato de experiência da assistência de enfermagem a pessoa idosa no período de internação em um Hospital Universitário Paraibano. No que tange ao hospital, com suas regras e protocolos que visam a segurança do paciente e que também alteram rotinas e formas de lidar com o meio, torna-se relevante o debate sobre como acolher a pessoa idosa, de maneira que o processo de internação seja humanizado e o menos traumático possível. Um dos caminhos foi focar no “terapêutico” e não apenas na execução de tarefas, o que pôde ser vislumbrado por meio do relacionamento interpessoal, embasado na teoria de enfermagem de Hildegard Peplau. A ruptura que ocorre entre a realidade domiciliar e a ocasionada pelo ambiente hospitalar, exigiu estratégias que facilitassem a adaptação. Para tanto, o idoso era “acolhido”, de forma que sempre fosse tratado pelo nome ou apelido, com orientações sobre a maneira de conviver no ambiente hospitalar, ressaltando que se tratava de uma fase; para melhor ambientalização era apresentado aos demais pacientes; todo procedimento era explicado de forma humanizada; na enfermaria e em cada armário, foram expostas “impressos de humanização” com imagens e frases que estimulassem a reflexão e tornassem o ambiente acolhedor. Nota-se que o ambiente hospitalar pode ser amedrontador, mas quando o atendimento é personalizado, em particular a pessoa idosa, o processo de adaptação se torna leve, com foco no acolhimento, amenizado a sensação de internação.