O livro didático vem se tornando um forte referencial teórico no qual, professores e alunos, têm acesso para garantir um direito importante do cidadão, que é de se incluir, de ser cidadão, de construir seus conhecimentos para tornar-se ativo na sociedade. Entretanto, falando-se em globalização e outros processos que geram exclusão de alguns representantes da sociedade, repensamos como está a questão do indígena nas folhas do livro didático de Matemática. Para realizarmos nossa pesquisa, nos questionamos: Como a cultura indígena vem sendo explorada nos livros de Matemática? Após a análise da obra Matemática Ideias e Desafios, das autoras Iracema e Dulce (2012), constatamos que menção a cultura indígena vem sendo negligenciada, causando imenso prejuízo aos indígenas e não indígenas, leitores da obra, que devem ficar a par da situação dos direitos e da cultura dos índios. Para constatarmos essa hipótese, nos lançamos a uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo nos valendo, sobretudo, dos autores Giancaterino (2009), Iracema e Dulce (2012), Brasil (1998), Brasil (2005) entre outros. Para isso, tecemos algumas considerações sobre o livro didático, seguindo para análise da obra Matemática Ideias e Desafios e consequentemente sugerindo abordagens de como se expor a temática indígena nas folhas do livro de Matemática, auxiliando na contextualização da Matemática. A opção pela obra em questão veio do fato dela ser utilizada na escola de Ensino Fundamental e Médio Akajutibiró da Rede de Ensino Estadual localizada na aldeia Akajutibiró no município de Baia da Traição no Estado da Paraíba, lugar no qual trabalho.