O BULLYING NA EDUCAÇÃO BÁSICA DE CODÓ NARRADO PELAS PRÓPRIAS VÍTIMAS
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A COLETA DAS NARRATIVAS FOI REALIZADA PELOS BOLSISTAS DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA – PIBID, NO ANO DE 2019, A PARTIR DOS ENCONTROS SEMANAIS COM OS DISCENTES DA ESCOLA, PROMOVIDOS PELO SUBPROJETO “BULLYING E VIOLÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR: ESTRATÉGIAS INTERDISCIPLINARES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENFRENTAMENTO DESSA REALIDADE NAS ESCOLAS DE CODÓ–MA”. O OBJETIVO FOI CONHECER OS TIPOS DE BULLYING QUE MAIS OCORRIAM NA ESCOLA FOCO E O PERFIL DAS VÍTIMAS DESSE TIPO DE VIOLÊNCIA QUE ACOMETE DIVERSAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO. A METODOLOGIA UTILIZADA PARA CONSEGUIR OS DEPOIMENTOS DAS VÍTIMAS FOI ANTECEDIDA DE ENCONTROS E RODAS DE CONVERSAS ACERCA DO TEMA. ESSA MEDIDA FACILITOU AS CONVERSAS INDIVIDUAIS QUE FORAM FEITAS POSTERIORMENTE PELOS BOLSISTAS COM AS VÍTIMAS DE BULLYING PARA A COLETA DE SEUS DEPOIMENTOS. AS CRIANÇAS ENVOLVIDAS NESSE PROCESSO ESTÃO NA FAIXA ETÁRIA DOS 11 AOS 14 ANOS, O QUE CORRESPONDE ÀQUELES QUE FREQUENTAM A ESCOLA DO 6º AO 9º ANO. OS CASOS RELATADOS E ANALISADOS PELA PESQUISA SÃO DE MENINOS E MENINAS QUE SOFRERAM COM A VIOLÊNCIA DO BULLYING, MUITO EMBORA AS MENINAS TENHAM SIDO AS QUE APARECEM COM MAIS FREQUÊNCIA COMO VÍTIMAS DE OUTRAS MENINAS E MENINOS, PODENDO AINDA SER ALVO, ALVO/AUTOR, AUTOR E TESTEMUNHA. O ALVO É O INDIVÍDUO QUE NÃO TEM CONDIÇÕES DE SE DEFENDER. O ALVO/AUTOR É AQUELE QUE REPRODUZ OS MAUS-TRATOS SOFRIDOS EM ALGUÉM MAIS FRÁGIL QUE ELE, FAZENDO AUMENTAR O NÚMERO DE VÍTIMAS. O AUTOR É AQUELE QUE VITIMIZA OS MAIS FRACOS, ESTANDO NUMA SITUAÇÃO DE SUPERIORIDADE. A TESTEMUNHA É AQUELA QUE NÃO PARTICIPA DIRETAMENTE DO BULLYING, MAS PRESENCIA AS AGRESSÕES E CALA-SE POR MEDO DE SER A PRÓXIMA VÍTIMA (FERNANDES; YUNES; TASCHETTO, 2017). O SILÊNCIO DAS VÍTIMAS E TESTEMUNHAS ENCOBREM O DUELO EM QUE UM SE SUBORDINARÁ AO MAIS FORTE DADA A INEXISTÊNCIA DE INTERVENÇÃO OU SUPERVISÃO DE PESSOAS ADULTAS (ROCHA; COSTA; PASSOS NETO, 2013). ESSA SITUAÇÃO FOI EVIDENCIADA POR UMA ALUNA QUE PREFERIA SEMPRE FICAR NA SALA DE AULA PARA NÃO OUVIR OS CONSTANTES INSULTOS DE: GORDA! GORDA! FATO QUE AOS OLHOS DE ALGUNS PARECIA NORMAL. A INTERPRETAÇÃO DOS CASOS DE BULLYING PAUTOU-SE PELA REFLEXÃO QUALITATIVA DOS DADOS À LUZ DAS REFLEXÕES DE ANTUNES E ZUIN (2008), FANTE (2005), FANTE E PEDRA (2008), FERNANDES, YUNES E TASCHETTO (2017), PEREIRA (2002), ROCHA, COSTA E PASSOS NETO (2013), ZEQUINÃO ET AL (2016), BECKER E KASSOUF (2016), ENTRE OUTROS AUTORES QUE NOS AJUDARAM NA COMPREENSÃO DO CONCEITO DO FENÔMENO, COMO ELE OCORRE, OS TIPOS DE BULLYING, O PERFIL DAS VÍTIMAS E A OCORRÊNCIA DESSA VIOLÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR. ASSIM, COM BASE NESSES REFERENCIAIS, A PESQUISA CONSTATOU QUE O MEDO TEM SIDO UM DOS FATORES QUE FAVORECE O BULLYING NA ESCOLA SENADOR ALEXANDRE COSTA E AS VÍTIMAS MAIS COMUNS SÃO AQUELAS QUE TÊM CARACTERÍSTICAS QUE AS DIFEREM OU SOBRESSAEM DAS DEMAIS, TANTO NO CORPO QUANTO NA FORMA DE SE COMPORTAR ENTRE OS PARES. OBSERVOU-SE AINDA QUE, COMO OCORRE EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO, OS CASOS DE BULLYING ACONTECEM DESDE O PRIMEIRO DIA DE AULA. FATO QUE LEVOU UMA DISCENTE QUE NARROU O SEU SOFRIMENTO A SE PERGUNTAR: “POR QUE ELES NÃO GOSTAM DE MIM? O QUE FIZ PARA ELES?”. A ESCOLA PARA ELA TORNOU-SE UM LUGAR DESAGRADÁVEL QUE SÓ APÓS ALGUM TEMPO FOI ATENUADO PELA SUA COMPREENSÃO DE QUE ELA PODERIA SEGUIR SEM A COMPANHIA DAQUELES QUE LHE IMPORTUNAVAM. 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