MILITARES, POR DETERMINAÇÃO INSTITUCIONAL, DEVEM SE MANTER FISICAMENTE APTOS OPERACIONALMENTE PARA SUAS FUNÇÕES, INDEPENDENTEMENTE DE QUALQUER TIPO DE CIRCUNSTÂNCIA. PARA TANTO, REALIZAM SISTEMATICAMENTE TREINAMENTOS FÍSICOS E SE SUBMETEM A AVALIAÇÕES FÍSICAS ANUAIS EM SUAS ORGANIZAÇÕES MILITARES. CONTUDO, ESTUDOS DEMONSTRAM QUE, MESMO SENDO PROFISSIONAIS DIFERENCIADOS, A PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE TAMBÉM JÁ SE FAZ PRESENTE NAS INSTITUIÇÕES MILITARES. O PRESENTE ESTUDO FOI APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DO HOSPITAL DE BASE AÉREA DO GALEÃO, COM NÚMERO DE PARECER 3.534.848. O OBJETIVO DESSE TRABALHO FOI AVALIAR A PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM MILITARES DO SEXO MASCULINO, DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA (FAB), NOS ANOS DE 2016 E 2018. FORAM UTILIZADOS DADOS SECUNDÁRIOS, ORIUNDOS DAS AVALIAÇÕES PERIÓDICAS OBRIGATÓRIAS, REALIZADAS PELAS JUNTAS ESPECIAIS DE SAÚDE (JES) DO CEMAL – CENTRO DE MEDICINA AEROESPACIAL, INDEPENDENTEMENTE DA ESPECIALIDADE DO MILITAR. FORAM AVALIADOS 534 PRONTUÁRIOS, SENDO 151 DE 2016 E 383 DE 2018. A MÉDIA E DESVIO PADRÃO DA IDADE (ANOS), MASSA CORPORAL (KG), ESTATURA (M) E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC; KG/M2) NO ANO DE 2016 FORAM, RESPECTIVAMENTE, 40,5±6,7; 90,6±17; 1,76±0,1 E 28,9±4,9 E, PARA 2018, FORAM 36,7±7,2; 85,3±12; 1,76±0,1 E 27,46±3,5. OBSERVOU-SE ENTRE OS PERÍODOS DIFERENÇA SIGNIFICATIVA NA MASSA CORPORAL E IMC. EM RELAÇÃO À PREVALÊNCIA DE PRÉ OBESIDADE E OBESIDADE, OBSERVOU-SE 45,6% E 37,7% DE ACOMETIMENTOS EM 2016 E 56,1% E 20,8% EM 2018. EM RELAÇÃO AOS EXTRATOS ETÁRIOS ADOTADOS PELA FAB (< 35 ANOS E > 35 ANOS), OS VALORES DE IMC PARA MENORES DE 35 ANOS E MAIORES DE 35 ANOS FORAM 27,44±4,18 E 29,40±5,05 KG/M2 EM 2016 E 26,97±2,97 E 27,87±3,84 KG/M2 EM 2018. HOUVE DIFERENÇA SIGNIFICATIVA DOS VALORES DE IMC NO EXTRATO ETÁRIO MAIS ELEVADO ENTRE OS PERÍODOS. OS RESULTADOS APONTARAM UMA DIMINUIÇÃO DA MASSA CORPORAL, DOS VALORES DE IMC E DA PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM 2018 EM RELAÇÃO A 2016. CONTUDO, EVIDENCIARAM UM AUMENTO DA PREVALÊNCIA DE MILITARES COM SOBREPESO, CONFIRMANDO EVIDÊNCIAS DE ESTUDOS PRÉVIOS. CONCLUIU-SE QUE A PRÁTICA DO TREINAMENTO FÍSICO OBRIGATÓRIO, ALIADO À OUTRAS MEDIDAS DE CONTROLE COMO DIETA, POR EXEMPLO, PODEM TER COLABORADO PARA A QUEDA DA PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM 2018, PORÉM, NÃO FOI SUFICIENTE PARA CONTER O AVANÇO DO SOBREPESO ENTRE MILITARES, MESMO AQUELES MAIS JOVENS. EMBORA NÃO SEJA UMA AMOSTRA REPRESENTATIVA DOS MILITARES DA FAB, O ESTUDO INDICA A NECESSIDADE DE UM CONTROLE MAIS EFETIVO SOBRE A QUESTÃO DA OBESIDADE, POR MEIO DO MANEJO DE ESTRATÉGIAS ADEQUADAS DE TRATAMENTO E PREVENÇÃO - DENTRE ELAS O EXERCÍCIO FÍSICO, DEVIDO A SUA REPERCUSSÃO NEGATIVA NO DESEMPENHO OPERACIONAL MILITAR, NA QUALIDADE DE VIDA E NOS CUSTOS PARA A INSTITUIÇÃO.