A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS DOCENTES EM TURMAS DE BEBÊS, PRODUZIMOS REFLEXÕES ACERCA DAS RELAÇÕES
DE GÊNERO COTIDIANAS NA PRIMEIRA ETAPA DA EDUCAÇÃO INFANTIL. DESTACAMOS, PRIMEIRAMENTE, OS
DISCURSOS REGULATÓRIOS E INTERPELANTES DA HETEROSSEXUALIDADE E DA CISGENERIDADE COMPULSÓRIAS,
POR MEIO DE VIVÊNCIAS, OBSERVAÇÕES E UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CENTRADA NOS ESTUDOS
FEMINISTAS, PÓS-CRÍTICOS E DECOLONIAIS. NESSA PERSPECTIVA, O CONCEITO DE GOVERNAMENTALIDADE
POSSIBILITA MAPEAR AS PRÁTICAS DO COTIDIANO E SUAS (RE)PRODUÇÕES NAS RELAÇÕES DE PODER DA NOSSA
SOCIEDADE. RESSALTAMOS, AINDA, QUE A DIVISÃO BINÁRIA E CISNORMATIVA, POR EXEMPLO, ENTRE ROUPAS,
BRINQUEDOS, CORES, COMPORTAMENTOS “DE MENINOS” E “DE MENINAS”, INCLUSIVE COM BEBÊS, É
ATRAVESSADA POR OUTROS MARCADORES SOCIAIS COMO CLASSE E RAÇA. DESSA FORMA, DESDE UMA LEITURA
INTERSECCIONAL, ENCONTRAMOS, NA ROTINA ESCOLAR, EM SEUS ESQUEMAS PEDAGÓGICOS E ARTEFATOS
CULTURAIS, DISPOSITIVOS DE MANUTENÇÃO DAS NORMAS DE GÊNERO E(M) SEXUALIDADE E BRANQUITUDE.