O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL TORNOU-SE UMA REALIDADE MUNDIAL. NO BRASIL, OCORRE DE FORMA
ACELERADA, IMPONDO MODIFICAÇÕES NAS POLÍTICAS SOCIAIS E NOVOS DESAFIOS PARA A SAÚDE PÚBLICA. A
EMERGÊNCIA DO TEMA SUSCITA A PROBLEMÁTICA DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA, VISTO SUA ELEVADA
PREVALÊNCIA E EFEITOS DELETÉRIOS PARA A SAÚDE DESSA POPULAÇÃO. NESSE SENTIDO, ESTE TRABALHO TEVE COMO
OBJETIVO ANALISAR DIVERSOS FATORES CULTURAIS, SOCIAIS E ECONÔMICOS QUE EXPÕEM A POPULAÇÃO IDOSA
BRASILEIRA À MAIOR VULNERABILIDADE E AO RISCO DA VIOLÊNCIA. PARA ISSO, REALIZOU-SE UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA NOS BANCOS DE DADOS LILACS E MEDLINE, COM OS DESCRITORES “IDOSO”, “MAUS-TRATOS AO
IDOSO” E “IDOSO DE 80 ANOS OU MAIS”. FORAM ADOTADOS OS SEGUINTES CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE: 1)
ESCRITOS EM PORTUGUÊS, ESPANHOL OU INGLÊS; 2) ABORDASSEM FATORES VULNERABILIZANTES DE VIOLÊNCIA CONTRA
A POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA; E 3) FORAM PUBLICADOS NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS. COMO RESULTADO, 9 ESTUDOS
FORAM SELECIONADOS PARA ESTA REVISÃO. OS ACHADOS EVIDENCIARAM O ÂMBITO FAMILIAR COMO PRINCIPAL LÓCUS
DE OCORRÊNCIA DAS AGRESSÕES, VITIMANDO MAJORITARIAMENTE MULHERES, COM BAIXA ESCOLARIDADE E PIOR
POSIÇÃO SOCIOECONÔMICA. ESSES DADOS RESSALTAM AS QUESTÕES DE GÊNERO, SOCIAIS E ECONÔMICAS
ENVOLVIDAS ENQUANTO FATORES DE VULNERABILIDADE À VIOLÊNCIA CONTRA A POPULAÇÃO IDOSA. ADEMAIS, O PERFIL
DOS AGRESSORES CARACTERIZOU-SE COMO, EM SUA MAIORIA, HOMENS E FILHOS DAS VÍTIMAS. OBSERVOU-SE QUE A
PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL SOBRE O TEMA AINDA É INÓPIA. ISSO DENUNCIA A NECESSIDADE DE MAIS
INVESTIGAÇÕES QUE PROPORCIONEM REFLEXÕES SOCIOPOLÍTICAS, COM VISTAS A AMPARAR A SOCIEDADE NA DEFESA
DOS DIREITOS DAS(OS) IDOSAS(OS) E NO COMBATE À VIOLÊNCIA.