TRABALHO DE PESQUISA BASEADO EM ANÁLISE DO DISCURSO DE TEXTOS LITERÁRIOS CONTEMPORÂNEOS NA PERSPECTIVA DO CONSCIENTE COLETIVO ACERCA DOS POVOS INDÍGENAS, AO LONGO DO SÉCULO XX E INÍCIO DO SÉCULO XXI, NO BRASIL. TRATA-SE DE UMA IDENTIFICAÇÃO (CON)TEXTUAL DE PRESSUPOSIÇÕES E FISSURAS PARADIGMÁTICAS PRESENTES NOS DISCURSOS SOBRE A TEMÁTICA INDÍGENA NAS LETRAS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA, ESPECIFICAMENTE NAS MÚSICAS DE ALCANCE NACIONAL E EXPRESSÃO MERCADOLÓGICA. APONTAMOS PARA UMA DISCUSSÃO SOBRE A VISÃO MANIQUEÍSTA E/OU PRECONCEITUOSA DOS INDÍGENAS BRASILEIROS, FRUTO DE UM PROCESSO INICIAL DE “ANIMALIZAÇÃO”, SEGUIDO POR UM ESTEREÓTIPO DE “ROMANTIZAÇÃO” DO HERÓI NACIONAL, INCREMENTADO POR MOVIMENTOS CULTURAIS IMPORTANTES DA LITERATURA BRASILEIRA, COMO O ROMANTISMO (1836-1881), A SEMANA DE ARTE MODERNA (1922) E O TROPICALISMO, NO FINAL DA DÉCADA DE 1960. DURANTE O TRABALHO DE ANÁLISE BÍBLIO-FONOGRÁFICA, FORAM TRAZIDAS PRESSUPOSIÇÕES PRESENTES NOS DISCURSOS ARTÍSTICOS, MIDIÁTICOS E ACADÊMICOS, SOBRE A MANUTENÇÃO DE UMA VISÃO DETURPADA DE GRUPOS INDÍGENAS QUE AINDA PRECONIZA A DOMINAÇÃO POR EXPLORAÇÃO DAS CLASSES MINORITÁRIAS. AO TÉRMINO DO SÉCULO, PÔDE-SE IDENTIFICAR FISSURAS PARADIGMÁTICAS NAS LETRAS DE MÚSICA, AO SE PERCEBER MUDANÇAS DE CONCEPÇÃO ACERCA DOS INDIVÍDUOS INDÍGENAS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA. O OBJETIVO PRINCIPAL DO ESTUDO É, À LUZ DOS ESTUDOS DA TEORIA DA ARGUMENTAÇÃO E DA ANÁLISE DO DISCURSO, NORTEAR COMO, NAS LETRAS DAS CANÇÕES, ESSA (RE)SIGNIFICAÇÃO MARCADAMENTE EXPLORATÓRIA E ESTEREOTIPADA ACERCA DO INDÍGENA VEM DANDO LUGAR A UM SER MAIS AUTÔNOMO, MAIS REAL E MAIS PARECIDO COM O HOMEM CONTEMPORÂNEO.