A EXPLORAÇÃO DESENFREADA DOS RECURSOS NATURAIS TEM GERADO QUADROS DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL, COM A PERDA DE SOLOS PRODUTIVOS, SALINIZAÇÃO E OUTROS IMPACTOS DECORRENTES DA INADEQUAÇÃO DOS MODELOS PRODUTIVOS ÀS POTENCIALIDADES/FRAGILIDADES DO MEIO. DENTRO DESTA PERSPECTIVA FAZ-SE NECESSÁRIO (RE)PENSAR UM MODELO DE ORDENAMENTO TERRITORIAL QUE LEVE EM CONSIDERAÇÃO AS CARACTERÍSTICAS INTRÍNSECAS DA PAISAGEM, DE MODO A MINIMIZAREM-SE OS IMPACTOS NEGATIVOS, DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS, SOBRE O MEIO AMBIENTE. A ADOÇÃO DA PERSPECTIVA SISTÊMICA, SOBRETUDO NOS ESTUDOS AMBIENTAIS, TEM GANHADO GRANDE DESTAQUE DEVIDO AO SEU CARÁTER HOLÍSTICO E DIALÉTICO NA ANÁLISE DE QUESTÕES AMBIENTAIS PERMITINDO UMA ANÁLISE INTEGRADA ENTRE OS ELEMENTOS QUE CONSTITUEM A PAISAGEM DE DETERMINADA ÁREA. O MUNICÍPIO DE MARANGUAPE, OCUPA ÁREA DE 590,873 KM² (IBGE, 2010) ESTANDO INTEGRALMENTE INSERIDO EM REGIÕES DE CLIMA SEMIÁRIDO, AS PRINCIPAIS FORMAS DE USO E OCUPAÇÃO VERIFICADAS NO TERRITÓRIO SÃO LIGADAS, ESSENCIALMENTE, ÀS ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS, COM AS LAVOURAS E AS PASTAGENS RESPONSÁVEIS PELA UTILIZAÇÃO DE CERCA DE 46,35% DO TERRITÓRIO MUNICIPAL (IBGE, 2006). DESSE MODO, O PRESENTE ARTIGO, TEVE COMO OBJETIVO CENTRAL O MAPEAMENTO E A CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS AMBIENTAIS DO MUNICÍPIO DE MARANGUAPE – CE, TOMANDO COMO BASE OS TRABALHOS DE BERTRAND (1968), TRICART (1977) E ROSS (2009), DE MODO A FORNECER SUBSÍDIOS AO PROCESSO DE PLANEJAMENTO TERRITORIAL EM BASES SUSTENTÁVEIS. NA ÁREA EM QUESTÃO, FORAM IDENTIFICADAS TRÊS UNIDADES AMBIENTAIS DISTINTAS: AS PLANÍCIES FLUVIAIS, A DEPRESSÃO SERTANEJA MARANGUAPENSE E OS MACIÇOS RESIDUAIS; CADA QUAL COM SUAS CARACTERÍSTICAS, LIMITAÇÕES E POTENCIALIDADES AO USO E OCUPAÇÃO, QUE PODEM SERVIR DE BASE AO PLANEJAMENTO TERRITORIAL DO TERRITÓRIO.