O ENTENDIMENTO DA COMPLEXA RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O HUMANO E O AMBIENTE QUE O CIRCUNDA, DEMANDA UMA CONTRIBUIÇÃO INTERDISCIPLINAR DOS SABERES. EM VIRTUDE DISSO, SE PROPÔS EMPREGAR ÓTICAS CONJUGADAS DE CONHECIMENTOS DO CAMPO DA MEMÓRIA, DA PAISAGEM, DAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS, DA FILOSOFIA E DA SOCIOLOGIA, PARA DAR CONTA DE ENTENDER COMO SE PROCESSAM E SE ARTICULAM OS INSTITUTOS DA PERCEPÇÃO, INTUIÇÃO, IMAGEM E IMAGINAÇÃO NO ENCADEAMENTO DO FENÔMENO AMBIENTAL E DE SUA CAPTAÇÃO PELOS SUJEITOS. PARA EFETIVAR ESTA PESQUISA DE CUNHO BIBLIOGRÁFICO, UTILIZOU-SE COMO APORTE TEÓRICO ELEMENTAR HENRY BERGSON (EXÍMIO PESQUISADOR DA INTUIÇÃO E DA PERCEPÇÃO, NA PERSPECTIVA DA MATERIALIDADE); MAURICE HALBWACHS (PRECURSOR DOS QUADROS COLETIVOS DA MEMÓRIA); MERLEAU-PONTY (DEFENSOR DA ÓTICA DA COMPLEXIDADE E OPOSITOR DO REDUCIONISMO); BACHELARD (PIONEIRO DA ABORDAGEM CONCEITUAL DE TOPOFILIA); YI-FU TUAN (ESTUDIOSO DAS QUESTÕES DO CAMPO GEOGRÁFICO); ECLEA BOSI (DISTINTA PESQUISADORA DAS MEMÓRIAS DOS GRUPOS SOCIAIS). A CONSCIÊNCIA DESTA REALIDADE AMBIENTAL COMPLEXA, COMPOSTA POR IMAGENS QUE FORMAM PAISAGENS, SOLICITA O ESCRUTÍNIO DE COMO É OPERACIONALIZADA A INTERAÇÃO DO HOMEM COM O MEIO, E QUAIS OS MARCADORES SOCIAIS QUE SE COLOCAM COMO INTERLOCUTORES NESSA RELAÇÃO, VISTO QUE O AMBIENTE É PERMEADO POR IMAGENS, QUE POSSUEM VALORES DISTINTOS PARA O INDIVÍDUO, A DEPENDER DE COMO ESTAS SÃO INCORPORADAS NA SUA SEMÂNTICA DE VALOR, TENDO EM VISTA A INFLUÊNCIA DE FATORES QUE AMOLDAM COMPORTAMENTOS, TAIS COMO A TOPOFILIA E A BIOFILIA E AS MEMÓRIAS AFETIVAS.