QUANDO PERCORREMOS AS INÚMERAS HISTÓRIAS DA LITERATURA BRASILEIRA JÁ PUBLICADAS E CONSAGRADAS COMO TEXTOS DE REFERÊNCIA SOBRE A TRADIÇÃO LITERÁRIA BRASILEIRA, TAIS COMO AS PUBLICADAS POR SÍLVIO ROMERO, JOSÉ VERÍSSIMO, ALFREDO BOSI, JOSÉ GUILHERME MERQUIOR, MASSAUD MOISÉS E ANTONIO CANDIDO, APENAS PARA CITAR OS ALFARRÁBIOS MAIS FREQUENTES NAS LISTAS BIBLIOGRÁFICAS DAS DISCIPLINAS DE LITERATURA BRASILEIRA DOS CURSOS DE LETRAS, SALTA AOS OLHOS A QUASE INEXISTÊNCIA – SALVO POUCOS E BREVES COMENTÁRIOS – DE MULHERES ESCRITORAS NO BRASIL AO LONGO DO SÉCULO XIX. ESSE SILÊNCIO – MAIS CORRETO SERIA FALAR DE SILENCIAMENTO – LEVA INEVITAVELMENTE À SEGUINTE PERGUNTA: SERÁ QUE NÃO HOUVE PRESENÇA FEMININA A PRODUZIR LITERATURA DE MONTA AO LONGO DO SÉCULO XIX NO BRASIL? AO REVIRAR OS ARQUIVOS DA MEMÓRIA NACIONAL, NA TENTATIVA DE RESPONDER A ESSA PERGUNTA, DAREMOS ESPECIAL ATENÇÃO AO NOME DE ANDRADINA DE OLIVEIRA, IMPORTANTE ESCRITORA SUL-RIO-GRANDENSE ESQUECIDA PELA HISTORIOGRAFIA QUE, ADEMAIS DE UMA EXTENSA PRODUÇÃO FICCIONAL, FOI A PRECURSORA DA NARRATIVA URBANA NO RIO GRANDE DO SUL, COM SEU ROMANCE INTITULADO "O PERDÃO".