A PARTIR DA CONJUNTURA ATUAL DE CRISE POLÍTICA; DISCURSOS ANTAGÔNICOS SOBRE VALORES DEMOCRÁTICOS; DEFESA DA VOLTA DA DISCIPLINA EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA POR PARTE DO RECENTE ELEITO PRESIDENTE DA REPÚBLICA; E DAS INQUIETAÇÕES FORMADAS NO VELEJAR DE EXPERIÊNCIAS, PESQUISAS E PRÁTICAS DOCENTES; O PRESENTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO COMPREENDER QUAL FORMAÇÃO CIDADÃ SE OBTEVE A PARTIR DA EDUCAÇÃO – POR MEIO DOS LIVROS DIDÁTICOS DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA (EMC) – DURANTE O REGIME MILITAR (1964-1985). PARA A REALIZAÇÃO DESSA INVESTIGAÇÃO, UTILIZAMOS COMO FONTES DE ANÁLISE TRÊS LIVROS DIDÁTICOS DE EMC, VEICULADOS NO PERÍODO DE INTERESSE, SENDO CADA UM DELES REFERENTE A UMA DÉCADA DA DITADURA CIVIL-MILITAR. COMO APORTE TEÓRICO-METODOLÓGICO, O TRABALHO É SUBSIDIADO PELOS CONCEITOS DE CHARTIER (1990, 1991, 1994, 1996, 2010): APROPRIAÇÃO, PRÁTICAS E, PRINCIPALMENTE, REPRESENTAÇÕES. MEDIANTE ESSE APORTE, ANALISAMOS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE EMC NÃO APENAS O CONCEITO DE CIDADANIA, MAS AS DICOTOMIAS ENTRE O DISCURSO E AS REPRESENTAÇÕES PRESENTES NAS OBRAS. CONSIDERANDO AS QUESTÕES LEVANTADAS E A ANÁLISE DAS FONTES, ELUCIDAMOS QUE A FORMAÇÃO CIDADÃ A PARTIR DA EDUCAÇÃO DURANTE A DITADURA FOI PASSIVA, OCULTA E FORJADA, CONTRIBUINDO PARA A ATUAL DEFESA – DE PARTE SIGNIFICATIVA DA SOCIEDADE – DE UMA CONCEPÇÃO AUTORITÁRIA, FUNDAMENTALISTA E COM EXACERBADO NACIONALISMO NA FORMAÇÃO CÍVICA DOS BRASILEIROS.