Este trabalho busca investigar através do conto “Os mortos são estrangeiros”, que compõe a obra Os mortos são estrangeiros (1970), do escritor norte-rio-grandense Newton Navarro Bilro (1928-1991), como os mortos continuam presentes enquanto memória dos personagens vivos. Na narrativa examinada, detectamos elementos que permitem entrever que, embora, a morte coloque em pauta a ausência irremediável, ela não rompe definitivamente com os vínculos que ligam os mortos e os vivos. O corpo se dissipa, mas a memória do morto continua a existir entre os vivos. Para a realização deste trabalho utilizamos as leituras de: BOSI (1994); DUARTE & MACÊDO (2001); GURGEL (2001); NAVARRO (2003); RICOUER (2007, 1992) VALDÉS (1996); entre outros.