TRANSFORMAMOS POBRES EM CONSUMIDORES, NÃO EM CIDADÃOS. A FRASE, DITA AINDA EM 2018, PELO EX-PRESIDENTE DO URUGUAI, PEPE MUJICA, REPRESENTA UMA CATEGORIA DE ANÁLISE FUNDAMENTAL PARA COMPREENDER O PROCESSO DE AVANÇO NEOLIBERAL E AO MESMO TEMPO CONSERVADOR QUE SE PASSA NA AMÉRICA LATINA, ASSIM COMO PERMITE PENSAR “REMÉDIOS” PARA DESVESTIR ESSA LÓGICA E PENSAR A PLURALIDADE E A INCLUSÃO SOCIAL, BEM COMO O BEM-ESTAR SOCIAL A PARTIR DA EDUCAÇÃO POPULAR. O ROMANTISMO POLÍTICO OCASIONADO PELA MOBILIZAÇÃO SOCIAL DA “NOVA CLASSE MÉDIA” EM BUSCA DE REFORMAS ESTRUTURAIS ESVAZIADAS DEU MOTE A ASCENSÃO, NO BRASIL, DO GOVERNO DE DIREITA DO, AGORA PRESIDENTE, JAIR BOLSONARO. EM UM PANORAMA AMPLO, A IMPOSSIBILIDADE DE ACESSO A UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA PAUTADA NA EDUCAÇÃO POPULAR E NA INCLUSÃO, GERARAM EFEITOS COLATERAIS INESPERADOS, E A SUA EFETIVAÇÃO A PARTIR DE CORTES GRADUAIS NA EDUCAÇÃO AUMENTA AINDA MAIS O ABISMO QUE NOS COLOCA EM VIAS DE BANALIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE HUMANIZAÇÃO. COMPREENDER A LÓGICA DESAFIADORA QUE, A PRINCÍPIO, COLOCA TEMAS OPOSTOS COMO POLARIZAÇÃO POLÍTICA E INCLUSÃO SOCIAL EM UM ESPECTRO MANIQUEÍSTA, TALVEZ TRADUZA A POSSIBILIDADE DE TRAÇAR CAMINHOS QUE FORTIFIQUEM, AGORA, O ACESSO À EDUCAÇÃO POPULAR PARA COMPREENSÃO DE SI E DA REALIDADE E POSSA CONVERGIR PARA UMA SUPERAÇÃO DO BOLSONARISMO.