INTRODUÇÃO: AS PROPAGANDAS DE MEDICAMENTOS PARA A POPULAÇÃO, FEITAS DE ACORDO COM OS INTERESSES DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, DAS AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE E DAS EMPRESAS DE COMUNICAÇÃO TÊM SÉRIAS IMPLICAÇÕES NA SOCIEDADE E, COM ISSO, DÃO-NOS A DIMENSÃO DOS DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS NA QUALIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO VEICULADA A POPULAÇÃO EM GERAL. O TRABALHO TEM POR OBJETIVO INVESTIGAR AS IMPLICAÇÕES DAS PROPAGANDAS DE MEDICAMENTOS EM PROGRAMAS TELEVISIVOS NO ESTÍMULO À AUTOMEDICAÇÃO. METODOLOGIA: ESTUDO BIBLIOGRÁFICO, DE NATUREZA QUALITATIVA, REALIZADO NA BASE DE DADOS SCIELO E LILACS EM JULHO DE 2019 POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DAS PALAVRAS-CHAVE: AUTOMEDICAÇÃO, MEDICAMENTO E PROPAGANDA EM LIVRE ASSOCIAÇÃO ENTRE OS ANOS DE 2012 A 2019 CONTEMPLANDO PUBLICAÇÕES NOS IDIOMAS PORTUGUÊS E INGLÊS. A PESQUISA FOI COMPOSTA DE ARTIGOS CONTEMPLANDO 16 PUBLICAÇÕES, SENDO DESTAS, 6 EXCLUÍDAS, POIS NÃO ABRANGERAM A PROPOSTA FINAL DA PESQUISA. RESULTADOS E DISCUSSÃO: NUMA CIDADE DE PEQUENO PORTE, 67% DE UMA AMOSTRA DE 104 PESSOAS PRATICAVAM AUTOMEDICAÇÃO. DESTAS, 80% CONHECIAM OS RISCOS PARA A PRÁTICA. EM 2016 A PREVALÊNCIA DA AUTOMEDICAÇÃO NO BRASIL FOI DE 16,1% (IC95% 15,0-17,5), SENDO MAIOR NA REGIÃO NORDESTE. EM BRASÍLIA OS RESULTADOS EVIDENCIARAM QUE EM 100% DAS PEÇAS PUBLICITÁRIAS OCORRERAM INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO. CONCLUSÃO: A FRAGILIDADE DO CIDADÃO EM FACE DOS INTERESSES DO MERCADO FARMACÊUTICO INDICA A NECESSIDADE DE SE CONSTRUÍREM INSTRUMENTOS CAPAZES DE TORNAR A REGULAÇÃO PÚBLICA DO SETOR DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS MAIS EFETIVA E EM CONSONÂNCIA COM A ATUAL POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS.