A MORTALIDADE FETAL, QUE VEM SENDO SUGERIDA COMO O INDICADOR MAIS APROPRIADO PARA A ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA PRESTADA À GESTAÇÃO E AO PARTO, É AINDA UM IMPORTANTE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL. TEVE-SE COMO OBJETIVO TRAÇAR UM PERFIL DOS ÓBITOS FETAIS NO ESTADO DO CEARÁ, POR MEIO DA ANÁLISE DAS SEGUINTES VARIÁVEIS: PRINCIPAIS CAUSAS, SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO POR CAPÍTULO CID-10, MACRORREGIÃO DE SAÚDE, IDADE E ESCOLARIDADE MATERNAS. TRATA-SE DE UM ESTUDO TRANSVERSAL, EPIDEMIOLÓGICO, COM ABORDAGEM ANALÍTICA DOS ÓBITOS FETAIS OCORRIDOS NO ESTADO DO CEARÁ NO PERÍODO ENTRE OS ANOS DE 2013 E 2017. OS DADOS FORAM OBTIDOS POR MEIO DO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DO SUS (DATASUS) UTILIZANDO A FERRAMENTA TABNET. OBSERVOU-SE QUE AS AFECÇÕES ORIGINADAS NO PERÍODO PERINATAL (CAP XVI) REPRESENTARAM A PRINCIPAL CAUSA DOS ÓBITOS FETAIS NO PERÍODO, COM UM TOTAL DE 6.926 CASOS. NA ANÁLISE POR MACRORREGIÕES DE SAÚDE, A MACRORREGIÃO DE FORTALEZA APARECE COM O MAIOR NÚMERO DE CASOS REGISTRADOS, SENDO 3.634 NO TOTAL. EM RELAÇÃO A IDADE MATERNA, DEMONSTROU-SE MAIOR PREVALÊNCIA DE CASOS ENTRE AS MÃES COM IDADES DE 20 A 29 ANOS, TOTALIZANDO 43,83%. A ESCOLARIDADE MATERNA VARIOU ENTRE 8 A 11 ANOS, COM UM TOTAL DE 2.593 ÓBITOS FETAIS ASSOCIADOS. TORNOU-SE EVIDENTE QUE CAUSAS EVITÁVEIS SÃO AINDA OS PRINCIPAIS FATORES VINCULADOS AO ÓBITO FETAL NO CEARÁ, SENDO NECESSÁRIOS CONTÍNUOS ESFORÇOS E INCENTIVO EM ESTUDOS QUE PERMITAM A ELABORAÇÃO DE AÇÕES E POLÍTICAS DE SAÚDE DE MAIOR IMPACTO COM VISTAS A DIMINUIR A SUA OCORRÊNCIA.