FILHO, Moacir Andrade Ribeiro et al.. Mastectomia e sua repercussão na vida da mulher. Anais CONACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/5464>. Acesso em: 28/12/2024 19:18
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é uma neoplasia maligna muito frequente na vida das brasileiras, sendo muito temido pelas mulheres em virtude de sua alta incidência e, sobretudo, pelos efeitos psicológicos que afetam a percepção da sexualidade e a imagem pessoal diminuindo a sua auto-estima. Geralmente a mulher tem a mama como um símbolo de feminilidade, deseja seios perfeitos e não aceita uma patologia estigmatizadora como o câncer de mama. OBJETIVOS: Descrever experiências de mulheres mastectomizadas a partir de seus relatos; identificar sentimentos e expectativa de vida surgida após a mastectomia. METODOLOGIA: trata-se de um estudo do tipo exploratório descritivo com abordagem qualitativa, cujo campo de investigação foi o grupo de mulheres mastectomizadas denominado “Amigos do peito de Cajazeiras – PB”, os dados foram coletados mediante um roteiro de entrevista semi-estruturado junto a 20 mulheres integrantes do referido grupo, em seguida foram organizados de acordo com a técnica Análise de Conteúdo recomendada por Bardin e analisados à luz de literaturas pertinentes a temática. RESULTADOS: Os resultados apontam que a experiência com o câncer de mama provoca forte impacto emocional tanto na mulher quanto em seus familiares os quais também comungam das mesmas percepções. O estudo também possibilitou compreender que, as mulheres mastectomizadas revelaram ter sentido medo da morte, angústia e dor desde o diagnóstico até o tratamento, tais experiências relacionam-se à percepção que elas trazem sobre si enquanto portadoras de câncer, associadas à formulação de uma nova identidade. CONCLUSÃO: Vivenciar uma neoplasia estigmatizada como o câncer de mama é de certa forma, passar por uma fase da vida em que a sentença da morte é esperada, ademais, a mutilação traz inúmeros pensamentos de fragilidade feminina e inutilidade conjugal. Desta forma, os profissionais de saúde devem acolher as mulheres mastectomizadas, incentivá-las a formulação de uma identidade renovada a partir do convívio familiar e incluir em sua assistência medidas que promovam o ajustamento psicossocial e familiar, promovendo com isso apoio e uma assistência humanizada.