A motivaÇÃo estÁ presente nas atividades da vida e, no contexto escolar, estÁ diretamente ligada ao ensino-aprendizagem, subsidiando as aÇÕes discentes e, consequentemente, o sucesso escolar. Essa pesquisa foi realizada sob os conceitos da miniteoria das Necessidades PsicolÓgicas BÁsicas (NPB), componente da Teoria da AutodeterminaÇÃo (TAD). A teoria associa a motivaÇÃo do aluno ao atendimento das necessidades de CompetÊncia, Autonomia e VÍnculos Sociais. O objetivo da investigaÇÃo foi identificar o Índice de satisfaÇÃo das NPB em alunos do ensino mÉdio nas aulas de EducaÇÃo FÍsica (EF). O instrumento foi a Escala de Necessidades PsicolÓgicas BÁsicas para o ExercÍcio, aplicada a 210 alunos, do 1º e 3º ano do Ensino MÉdio, de ambos os sexos, com faixa etÁria entre 14 e 21 anos. A estatÍstica descritiva e comparativa nÃo paramÉtrica foi utilizada para a anÁlise dos dados. A mÉdia geral das NPB foi de 3,1±0,83 para a totalidade da amostra, mantendo-se tambÉm moderada nas necessidades de competÊncia (3,4±1,06) e VÍnculos Sociais (3,4±1,14) e moderada a baixa em Autonomia (2,6±0,93). Manteve-se o padrÃo dos resultados entre o 1º e 3º anos de escolaridade, nÃo apresentando diferenÇas significantes nos Índices gerais nem por NPB. No entanto, quando comparada a atenÇÃo Às NPB por sexo, as diferenÇas foram significantes com os meninos sentindo-se mais atendidos nas suas NPB tanto no Índice geral (3,5±0,79 Vs 2,8±0,72), quanto nas necessidades de CompetÊncia (3,8±0,98 Vs. 3,1±0,98); VÍnculos Sociais (3,8±1,06 Vs. 2,9±1,05); e Autonomia (2,9±0,94 Vs. 2,4±0,86). As diferenÇas tambÉm foram significantes quando comparados os resultados por sexo exclusivamente no 1º ano e no 3º ano do ensino mÉdio. Os valores de NPB encontram-se abaixo dos resultados de estudos internacionais, demonstrando merecer maior atenÇÃo dos professores para as necessidades sentidas pelos alunos na EF. Indica tambÉm a necessidade de nivelar o atendimento das NPB entre os alunos de ambos os sexos, pois as meninas tendem a participar menos das aulas por nÃo se sentirem atendidas o suficiente em suas necessidades. Outra importante ilaÇÃo a partir dos resultados É o baixo senso dos alunos em relaÇÃo ao atendimento da sua necessidade de autonomia, denotando perceberem poucas as oportunidades de influenciar o ensino-aprendizagem. Este contexto demanda que o professor equalize as boas prÁticas para meninos e meninas, assim como propicie aos alunos conteÚdos diversificados, preferencialmente, compartilhando com os discentes decisÕes e escolhas sobre conteÚdos, tarefas e avaliaÇÃo, de modo a se sentirem valorizados e protagonistas de suas aprendizagens, tendendo ao maior engajamento nas aulas. Esta teoria tem sido pouco utilizada nos estudos sobre a EF escolar, mas demonstra potencial para explicar a motivaÇÃo do aluno neste contexto, motivo pelo qual recomenda-se a sua utilizaÇÃo de modo extensivo em outros contextos educativos. A pesquisa contou com apoio financeiro da CAPES.