SOUSA, Alysson Azevedo De. Pibid música: os desafios do fazer musical na escola pública. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/52490>. Acesso em: 27/11/2024 00:46
PIBID MÚSICA: OS DESAFIOS DO FAZER MUSICAL NA ESCOLA PÚBLICA Alysson Azevedo de Sousa / alyssonazevedo.redes2015@gmail.com / UFCA Emily Wanessa Ferreira Sousa / UFCA Renata Lima Silva / UFCA Felipe Vieira Da Silva / UFCA Antônio Chagas Neto (Orientador) Cleyton Vieira Fernandes (Coordenador do PIBID Música) / UFCA Eixo temático: Educação Musical e seus desafios Resumo PIBID: Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência é uma iniciativa do Ministério da Educação que promove a formação e reflexão da prática docente, por meio da concessão de bolsas aos estudantes de Licenciatura. O curso de Música da Universidade Federal do Cariri foi contemplado com tal projeto que, além de proporcionar aos bolsistas as experiências iniciais da prática educacional, também oportuniza a extensão do conhecimento musical aos estudantes da Escola Pública, pois a proposta das disciplinas Eletivas no Ensino Médio de tempo integral possibilitou aos educandos uma diversidade de novos conhecimentos, dentre eles, a Música. No entanto, mesmo o ensino público fornecendo espaço e aceitando os professores bolsistas do programa para a realização e expansão dos conhecimentos musicais, ainda há muito o que se aprimorar, em termos estruturais e materiais, visto que, tais instituições não dispõem de materiais para a realização das aulas de Coral e Violão, dentre outras oficinas de Música, tampouco o investimento necessário para a aquisição ou manutenção dos mesmos, dificultando, dessa forma, o aperfeiçoamento da construção do conhecimento, bem como o processo de ensino/aprendizagem. Em função disto, o momento musical da instituição tem como uma de suas atividades principais o coral e técnica vocal, utilizando assim, a voz como instrumento. Devido a falta de instrumentos musicais oriunda da falta de recursos, os professores bolsistas utilizaram o espaço das aulas para a realização de oficinas para a construção de instrumentos musicais - especificamente na o auxílio instrumental para as oficinas de canto coral - , além das aulas de violão - com os poucos instrumentos que alguns estudantes tinham e que generosamente compartilharam com seus colegas -. Logo, o presente trabalho visa relatar, discutir, e propor soluções para os impasses que ocorrem durante as aulas de Música que são realizadas nas Instituições Públicas de Educação Básica, de modo que o processo de ensino e aprendizado musical seja adquirido com um bom êxito, a fim de beneficiar a comunidade escolar como um todo. Para isso, serão citados alguns teóricos que abordam essa temática do processo musical, pode-se destacar o Émile Jaques Dalcroze, que utiliza do momento prático-musical para desenvolver nos estudantes noções rítmicas, melódicas e harmônicas, inicialmente com dinâmicas que utilizem o próprio corpo como instrumento, através de atividades que proporcionem o crescimento musical e cognitivo, Dalcroze afirma isso dizendo que "O andar, a respiração, as pulsações, por exemplo, são movimentos que possuem o verdadeiro ritmo vivo, interior e criador. O estudo da rítmica além de transmitir todas as qualidades expressivas do ritmo e da música em geral, também desenvolve a concentração, a prontidão, os reflexos a precisão do movimento e a flexibilidade." (Dalcroze, 1965 APUD Juliana Raimundo, Denise.). Por sua vez, o teórico Zoltán Kodaly utiliza da música vocal no espaço do ensino regular público, e atribui um suporte para a prática musical, quando há dificuldades oriundas da falta de recursos e investimentos encontradas nas instituições em que as aulas são propostas. Além do teórico Shinichi Suzuki, que proporciona e valoriza momentos de apreciação musical e construção do conhecimento, por meio do ideal de Educação do Talento, que além de um método para instrumentistas é também uma filosofia educacional, que propõe um novo olhar para o estudante de música, possibilitando assim a socialização na aprendizagem instrumental paralelo ao potencial musical na vida humana. A partir de tudo isso, é fundamental que o professor bolsista, no momento em que esteja regendo uma turma de alunos, em uma instituição onde não haja recursos suficientes, tenha conhecimento acerca da ausência de materiais musicais do lugar, bem como das dificuldades dos alunos em adquirir um instrumento próprio, para que, diante de tal questão, o professor consiga se fazer uma eficaz ferramenta construtora dentro da sala de aula, e, dessa forma, proporcionar a continuidade dos conhecimentos musicais para todos os estudantes. Palavras-chave: Música, dificuldades, ensino, investimentos, PIBID. Referências Capes Ministério da Educação. Pibid, programa institucional de bolsa de iniciação a docência. Disponível em: . Acesso em: 13 out. 2018; Chagas, A; Almeida, R. Educação Musical e Práticas Instrumentais. Juazeiro do Norte. Ceará, 2016; PROEXT/ SESu/ MEC; DALCROZE, 1965 APUD Juliana, Raimundo, Denise. Revista Modus Belo Horizonte - Maio VIII, Nº 12, p. 73- 388. 201. Januário, C. E. A.; Ferreira, F. L. S. . Contribuições do PIBID como Ferramenta Mediadora na formação de Professores de Música. In: Jovens Investigadores - JOIN Edição Brasil, 2017, Fortaleza. Anais JOIN. Paraíba Realize Eventos, 2017. v. 1; SILVA,S; Trópico. Ensino e Aprendizagem Musical com Adolescentes de Escola Pública da Rede Estadual de Ensino,em Belém do Pará.Rio Branco.2014; Stocchero, M. A. A Experiência do Pibid Música na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: ação, reflexão e adaptação. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Mato Grosso do Sul, 2015. Disponível em: . Acesso em: 11 out. 2018;