Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PESQUISA E AÇÃO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: OS JOGOS COOPERATIVOS COMO PROPOSTA PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DÉFICIT INTELECTUAL NAS AULAS

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Partindo dessa linha de pensamento, buscaremos informações sobre jogos cooperativos, suas definições e possíveis benefícios para aulas de Educação Física e para a criança com déficit intelectual, quais seus possíveis benefícios para a inclusão e melhoramento no aspecto social e afetivo dessa criança. De acordo com Brotto (1999) os jogos cooperativos são um processo de interação social, cujos objetivos são comuns, as ações são compartilhadas e os benefícios são distribuídos para todos. Para Almeida (2008) os jogos cooperativos buscam facilitar o encontro consigo mesmo, com os outros e com a natureza na tentativa de promover a integração do todo, onde sempre a meta coletiva prevalecerá sobre a meta individual. Diante dessa premissa o referido estudo teve como objetivo verificar de que forma os jogos cooperativos podem contribuir para a inclusão da criança com déficit intelectual nas aulas de Educação Física. Realizou-se então, um estudo de natureza qualitativa do tipo pesquisa-ação. Para Minayo (2008), a pesquisa qualitativa "busca responder a questões muito particulares, trabalhando com um universo de significados, motivos, valores e atitudes visando compreender a realidade humana vivida socialmente". Para garantir a rigorosidade do método, a coleta e análise dos dados decorreram em três fases, uma preparatória e duas principais. Na fase preparatória, para a especificação da compreensão que a comunidade educativa possui a cerca do problema de estudo em tela, foi realizado uma entrevista aberta com uma professora de Educação Física que atua em uma Escola Estadual da cidade de Teresina - PI e uma turma de alunos do 6º ano atendida por ela. Na segunda etapa, procedemos a uma análise compreensiva das falas dos depoentes para compreensão da percepção dos mesmos quanto a utilização dos jogos cooperativos para inclusão do aluno com déficit intelectual. A entrevista com a comunidade pesquisada trouxe à tona que os jogos cooperativos já eram utilizados na escola e que tanto a professora como seus alunos atribuíam um significado positivo aos mesmos. Assim sendo, essa etapa iniciou-se fazendo uso de uma aula dialógica em que se fizeram presentes tanto a professora, como os alunos foco deste estudo. Tal encontro visou explicitar os sentidos e objetivos da pesquisa e da etapa de vivencias possibilitada pelos acadêmicos pesquisadores além de referendar a importância de cada um no processo de desenvolvimento da pesquisa. Já que para Franco (2005) a pesquisa-ação quando utilizada no âmbito educativo permite o envolvimento da comunidade pesquisa fazendo com que amplie seus horizontes e percepção de educação, sujeito e mundo. No primeiro momento de descrição, foi de grande relevância destacar a empolgação da comunidade pesquisada com o trabalho a ser desenvolvido. Vale ressaltar ainda, que em momento algum a professora abandonou a quadra de aula, fato este que contribuiu para o desenvolvimento dessa etapa do estudo. Após a explanação do trabalho, seus objetivos, método e esperado impacto dos jogos cooperativos para inclusão do aluno com déficit de inteligência, começaram de fato as vivencias de jogos cooperativos. Na perspectiva de Silva (2008), no momento em que os educadores, alunos e comunidade reconhecerem que eles têm participação nas tomadas de decisões, maior apego às normas práticas, materiais e procedimentos adotados podem ser esperados. Eles se tornam os protagonistas do processo de aprendizagem, e a própria dinâmica do processo influencia a participação ativa de todos. Segundo Brotto (2001), as diversas possibilidades do jogo, como as decisões, ações e observações, podem refletir-se na vida em sociedade, capacitando o aluno para viver em sociedade e tolerar seus semelhantes. Nas esteiras de Darido (2003), a Educação Física pode ser ressignificação diariamente, independente da estratégia utilizada. Logo, a aplicação dos jogos cooperativos durante as aulas de Educação Física se mostrou eficaz para uma mudança de postura dos alunos, contribuindo para a interação e cooperação do trabalho em equipe. Durante a aplicação dos jogos, ficou clara a participação do aluno com déficit de inteligência nas aulas tanto de cunho prático como teórico. Diante das constatações concluímos que os jogos cooperativos são eficazes para inclusão do aluno com déficit de inteligência nas aulas de Educação Física. No entanto, mesmo diante desta constatação inferimos que para os jogos cooperativos se constituírem como instrumento de inclusão social faz-se necessário a estruturação de um processo educativo onde todos possam se manifestar livremente e respeitar o outro, para que as relações interpessoais melhorem e se edifiquem momentos verdadeiramente inclusivos, ricos de aprendizagem que refletem a mais pura sabedoria manifestada pelas relações humanas. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Práticas inclusivas; Educação Especial. Referências ALMEIDA, J. P. A Educação Física Especial e Currículo. Rio de Janeiro. CBGG, 2008. American Heart Association Task Force On Practice Guidelines (writing committee to revise the 2002). BROTTO, F. O. Jogos Cooperativos: Um exercício de convivência. São Paulo: SESC, 1999. ______. Jogos Cooperativos - O jogo e o esporte como um exercício de convivência - Santos: Ed. Projeto Cooperação, 2001. DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA JUNIOR, Osmar Moreira de. Para ensinar educação física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas, SP: Papirus, 2007. Disponível em < http://books.google.com.br/ >. Acesso em 07/09/2018. FRANCO, M. S. A pesquisa-ação como fundamentos epistemológicos da pesquisa qualitativa. Rio de Janeiro: ITU, 2005. MINAYO. Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social: teoria método e criatividade. 27 ed. São Paulo: Vozes, 2008."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

PESQUISA E AÇÃO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: os jogos cooperativos como proposta para a inclusão de crianças com Déficit Intelectual nas aulas Maria Clara da Costa Alves/claracosta409@gmail.com/UFPI Geovana Torres da Silva/UFPI Mesaque Silva Correia/UFPI Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Educação Física Escolar - GEPEEFE/UFPI/CNPq Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Resumo Para entendermos o déficit intelectual, temos o conceito da American Association (2002) que diz que a deficiência mental (déficit intelectual) é considerada condição deficitária, que envolve habilidades intelectuais; comportamento adaptativo (conceitual prático e social); participação comunitária; interações e papéis sociais; condições etiológicas (parte da medicina que trata de causas de doenças) e de saúde; aspectos contextuais, ambientais, culturais e as oportunidades de vida do sujeito. Partindo dessa linha de pensamento, buscaremos informações sobre jogos cooperativos, suas definições e possíveis benefícios para aulas de Educação Física e para a criança com déficit intelectual, quais seus possíveis benefícios para a inclusão e melhoramento no aspecto social e afetivo dessa criança. De acordo com Brotto (1999) os jogos cooperativos são um processo de interação social, cujos objetivos são comuns, as ações são compartilhadas e os benefícios são distribuídos para todos. Para Almeida (2008) os jogos cooperativos buscam facilitar o encontro consigo mesmo, com os outros e com a natureza na tentativa de promover a integração do todo, onde sempre a meta coletiva prevalecerá sobre a meta individual. Diante dessa premissa o referido estudo teve como objetivo verificar de que forma os jogos cooperativos podem contribuir para a inclusão da criança com déficit intelectual nas aulas de Educação Física. Realizou-se então, um estudo de natureza qualitativa do tipo pesquisa-ação. Para Minayo (2008), a pesquisa qualitativa "busca responder a questões muito particulares, trabalhando com um universo de significados, motivos, valores e atitudes visando compreender a realidade humana vivida socialmente". Para garantir a rigorosidade do método, a coleta e análise dos dados decorreram em três fases, uma preparatória e duas principais. Na fase preparatória, para a especificação da compreensão que a comunidade educativa possui a cerca do problema de estudo em tela, foi realizado uma entrevista aberta com uma professora de Educação Física que atua em uma Escola Estadual da cidade de Teresina - PI e uma turma de alunos do 6º ano atendida por ela. Na segunda etapa, procedemos a uma análise compreensiva das falas dos depoentes para compreensão da percepção dos mesmos quanto a utilização dos jogos cooperativos para inclusão do aluno com déficit intelectual. A entrevista com a comunidade pesquisada trouxe à tona que os jogos cooperativos já eram utilizados na escola e que tanto a professora como seus alunos atribuíam um significado positivo aos mesmos. Assim sendo, essa etapa iniciou-se fazendo uso de uma aula dialógica em que se fizeram presentes tanto a professora, como os alunos foco deste estudo. Tal encontro visou explicitar os sentidos e objetivos da pesquisa e da etapa de vivencias possibilitada pelos acadêmicos pesquisadores além de referendar a importância de cada um no processo de desenvolvimento da pesquisa. Já que para Franco (2005) a pesquisa-ação quando utilizada no âmbito educativo permite o envolvimento da comunidade pesquisa fazendo com que amplie seus horizontes e percepção de educação, sujeito e mundo. No primeiro momento de descrição, foi de grande relevância destacar a empolgação da comunidade pesquisada com o trabalho a ser desenvolvido. 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Nas esteiras de Darido (2003), a Educação Física pode ser ressignificação diariamente, independente da estratégia utilizada. Logo, a aplicação dos jogos cooperativos durante as aulas de Educação Física se mostrou eficaz para uma mudança de postura dos alunos, contribuindo para a interação e cooperação do trabalho em equipe. Durante a aplicação dos jogos, ficou clara a participação do aluno com déficit de inteligência nas aulas tanto de cunho prático como teórico. Diante das constatações concluímos que os jogos cooperativos são eficazes para inclusão do aluno com déficit de inteligência nas aulas de Educação Física. 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