Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

EDUCAÇÃO

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Este texto justifica-se pela urgência em discutir a poesia no epicentro do ensino, que por suas especificidades é vista como o único gênero capaz de manter relação com outras áreas do conhecimento (história, filosofia, mitologia, religião, psicologia, entre outras), promovendo assim interação com outras formas discursivas também detentoras de um pensamento que prima pela emancipação do homem. Contudo, a realidade que permeia a poesia no âmbito do ensino tem sido de descaso, pois encontra-se quase banida das agendas de leitura, porque seu saber não é considerado útil pelo sistema capitalista, que visa apenas aprendizagens para fins lucrativos (PAZ). Duas questões se levantam nesse texto: a primeira sobre que escola eu quero e a segunda sobre a forma de ensinar. Ambas estão interligadas e recaem sobre as metodologias do professor. Nesse sentido, busca-se como objetivo discutir a poesia no campo da transdisciplinaridade (MORIN), visando a (trans)formação do sujeito pensante. Inserir a poesia na sala de aula, por meio de atividades de leitura na escola e de construção do sentido do texto literário, mostrando a pluralidade de vivências que a leitura suscita. Refletir as práticas docentes dando ênfase a metodologias que substituam a mera repetição manualesca dos conteúdos pelo pensamento crítico e criativo. Para tanto, recorre-se aos estudos de Edgar Morin (2014) e de Antonio Candido (2002, 2011), que discutem a importância da poesia na formação humana, por conter elementos que ajudam o homem a se relacionar melhor com o mundo, com o outro e consigo mesmo. E ainda aos estudos de Hélder Pinheiro (2014, 2018), que apontam os caminhos pelos quais o professor pode se orientar na inserção da poesia em sala de aula. Quanto à metodologia, está estruturada em dois blocos: um de leitura dos textos teóricos e poéticos; e outro de propostas metodológicas (aqui se inclui o uso de antologias poéticas), que apresentem novas formas de trabalhar a poesia em seus mais variados estilos e temas, bem como diferentes autores. Espera-se que essa discussão provoque inquietações positivas que levem a modificar a postura do professor, por meio de práticas que exerçam de modo consciente suas competências técnicas e humanas. E também que os programas de ensino utilizados nas escolas e universidades possam ser repensados, privilegiando um ensino que cultive a autonomia do espírito e que possibilite livremente a curiosidade dos alunos (ORDINE). A mudança do ensino requer mudança de paradigmas e isso só pode ocorrer se o professor estiver aberto para acolher a diversidade e as exigências de um mundo dinâmico e plural. Quando o professor oferece ao aluno um repertório de leitura, em que este se percebe por meio da experiência estética como sujeito, ocorre uma mudança necessária e significativa tanto a nível discente quanto docente. A poesia e a educação se abraçam para nos ensinar a assumir nossa condição humana e a viver como cidadão (MORIN). Essa relação é sólida e sem ela não há como enfrentar os abismos de um ensino que corre o risco, a todo instante, de perder sua finalidade, que é desenvolver uma inteligência crítica. Palavras-Chave. Poesia, Educação, Professor, Metodologias. Referências: BARTHES, Roland. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 2004. CANDIDO, Antonio. A literatura e formação do homem. In: Textos de Intervenção. São Paulo: Duas Cidades / Editora 34, 2002. _______________. O direito à literatura. In: Vários Escritos. São Paulo: Editora 34 / Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011. ELIOT, T. S. De poesia e poetas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991. MERQUIOR, José Guilherme. Razão do poema: ensaios de crítica e estética. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira S.A. 1965. MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução de Eloá Jacobina. - 21ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014. ____________. Introdução ao pensamento complexo. Tradução de Eliane Lisboa. 5ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2015. ORDINE, Nuccio. A utilidade do inútil: um manifesto. Tradução de Luiz Carlos Bombassaro. Rio de Janeiro: Jorge Zaah Editor Ltda. 2016. PAZ, Octávio. Signos em rotação. Tradução Sebastião Uchoa Leite. São Paulo: Perspectiva, 2009. ___________. O arco e a lira. Tradução Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naify, 2012. PINHEIRO, Hélder. Poesia na sala de aula. Campina Grande: Bagagem, 2007. ________________. Literatura e ensino: aspectos metodológicos e críticos. Campina Grande: EDUFCG, 2014. "
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Este texto justifica-se pela urgência em discutir a poesia no epicentro do ensino, que por suas especificidades é vista como o único gênero capaz de manter relação com outras áreas do conhecimento (história, filosofia, mitologia, religião, psicologia, entre outras), promovendo assim interação com outras formas discursivas também detentoras de um pensamento que prima pela emancipação do homem. Contudo, a realidade que permeia a poesia no âmbito do ensino tem sido de descaso, pois encontra-se quase banida das agendas de leitura, porque seu saber não é considerado útil pelo sistema capitalista, que visa apenas aprendizagens para fins lucrativos (PAZ). Duas questões se levantam nesse texto: a primeira sobre que escola eu quero e a segunda sobre a forma de ensinar. Ambas estão interligadas e recaem sobre as metodologias do professor. Nesse sentido, busca-se como objetivo discutir a poesia no campo da transdisciplinaridade (MORIN), visando a (trans)formação do sujeito pensante. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

Educação, Poesia e a Condição Humana Maria do Socorro Pinheiro socorro.pinheiro@uece.br FECLI/UECE Eixo Temático: Educação, linguagens, tecnologias e valores - com ênfase em referenciais, metodologias e práticas na formação humana na perspectiva emancipatória. Resumo: A reforma do ensino nas escolas e universidades vem sendo cada vez mais urgente, sobretudo quando a tarefa da educação passou a formar profissionais, sem, contudo, desenvolver a função formativa e cultural dos alunos. E para pensar essa reforma, precisamos antes reformular o pensamento, assegura Morin (2014). Diante disso, este trabalho se propõe a estudar a poesia como um dispositivo capaz de modificar as estruturas formativas do ser humano e a desenvolver sua dimensão poética, pelo poder da linguagem (MORIN). Este texto justifica-se pela urgência em discutir a poesia no epicentro do ensino, que por suas especificidades é vista como o único gênero capaz de manter relação com outras áreas do conhecimento (história, filosofia, mitologia, religião, psicologia, entre outras), promovendo assim interação com outras formas discursivas também detentoras de um pensamento que prima pela emancipação do homem. Contudo, a realidade que permeia a poesia no âmbito do ensino tem sido de descaso, pois encontra-se quase banida das agendas de leitura, porque seu saber não é considerado útil pelo sistema capitalista, que visa apenas aprendizagens para fins lucrativos (PAZ). Duas questões se levantam nesse texto: a primeira sobre que escola eu quero e a segunda sobre a forma de ensinar. Ambas estão interligadas e recaem sobre as metodologias do professor. Nesse sentido, busca-se como objetivo discutir a poesia no campo da transdisciplinaridade (MORIN), visando a (trans)formação do sujeito pensante. 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Quando o professor oferece ao aluno um repertório de leitura, em que este se percebe por meio da experiência estética como sujeito, ocorre uma mudança necessária e significativa tanto a nível discente quanto docente. A poesia e a educação se abraçam para nos ensinar a assumir nossa condição humana e a viver como cidadão (MORIN). Essa relação é sólida e sem ela não há como enfrentar os abismos de um ensino que corre o risco, a todo instante, de perder sua finalidade, que é desenvolver uma inteligência crítica. Palavras-Chave. Poesia, Educação, Professor, Metodologias. Referências: BARTHES, Roland. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 2004. CANDIDO, Antonio. A literatura e formação do homem. In: Textos de Intervenção. São Paulo: Duas Cidades / Editora 34, 2002. _______________. O direito à literatura. In: Vários Escritos. São Paulo: Editora 34 / Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011. ELIOT, T. S. De poesia e poetas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1991. MERQUIOR, José Guilherme. Razão do poema: ensaios de crítica e estética. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira S.A. 1965. MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução de Eloá Jacobina. - 21ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014. ____________. Introdução ao pensamento complexo. Tradução de Eliane Lisboa. 5ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2015. ORDINE, Nuccio. A utilidade do inútil: um manifesto. Tradução de Luiz Carlos Bombassaro. Rio de Janeiro: Jorge Zaah Editor Ltda. 2016. PAZ, Octávio. Signos em rotação. Tradução Sebastião Uchoa Leite. São Paulo: Perspectiva, 2009. ___________. O arco e a lira. Tradução Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naify, 2012. PINHEIRO, Hélder. Poesia na sala de aula. Campina Grande: Bagagem, 2007. ________________. Literatura e ensino: aspectos metodológicos e críticos. Campina Grande: EDUFCG, 2014.

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