Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA PARA A FORMAÇÃO INICIAL DO RESIDENTE EM MATEMÁTICA

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Nos encontros presenciais foram utilizados estudos dirigidos, discussão em pequenos grupos, rodas de debate e painel integrado com temáticas previamente divulgadas no cronograma. Nas atividades a distância, os residentes foram direcionados a elaboração de textos reflexivos, a partir de referenciais teóricos indicados, os quais se fizeram pertinentes para discussões em encontros presenciais posteriores. Foram vivenciadas atividades teórico-práticas na instituição formadora, dentre elas discussões sobre as concepções de estágio (PIMENTA, LIMA, 2017), as primeiras experiências sobre o PRP na Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP (GIGLIO, LUGLI, 2013), itens sobre o período de observação na escola (VIANNA, 2007), a análise do Projeto Político Pedagógico de uma escola pública municipal substanciada nas concepções teóricas de Veiga (2012), quem é o professor de matemática (VALENTE, 2008), dentre outros temas. A metodologia adotada na fase um possibilitou repensar a proposta atual dos estágios supervisionados, tendo em vista alguns residentes já terem vivenciado os primeiros estágios supervisionados. Os encontros formativos na instituição formadora, no caso, IFCE, suscitaram nos residentes uma postura investigativa a partir do diálogo entre docente orientadora e residentes e destes entre si. Os resultados iniciais pontuam três contribuições, sendo a primeira, a superação da tríade observação-planejamento-regência. As ações desenvolvidas no PRP não buscam apenas promover experiências na formação inicial do residente, visto que há possibilidades deste intervir na realidade escolar e planejar atividades em parceria com os preceptores. Por sua vez, estes ambientarão os residentes nos espaços da escola e realizarão a mediação com a gestão, diferentemente dos estágios, onde o estagiário faz uso dessas ações apenas no momento de chegada na escola, não trazendo grandes contribuições para toda a comunidade escolar e, especificamente, para o residente em formação. Esta diferença possibilitará maior aproximação entre instituição formadora e escola-campo, pois o PRP convoca os preceptores a se fazerem presentes em todo o percurso formativo e não apenas nos momentos em que o residente atuará como professor de sala de aula. A aproximação dos residentes com situações a serem vivenciadas nas fases posteriores levaram-os a (re) significarem as discussões iniciadas no decorrer do curso, especificamente sobre metodologias de ensino e os saberes docentes, especialmente os saberes da experiência, que serão melhor compreendidos no decorrer do PRP. A segunda contribuição versa sobre a importância de alinhar os conhecimentos teóricos aos conhecimentos da prática, indispensáveis à compreensão do objeto de estudo, a sala de aula, e as relações estabelecidas entre professor e aluno. Ao reconhecer a escola como lócus de aprendizagem e uma extensão da instituição formadora, é possível não só articular os conhecimentos construídos ao longo da graduação à experiência prática, mas também analisar e refletir na ação as experiências adquiridas na sala de aula. Essa relação se faz importante, pois se bem articulada promove no discente o interesse, a autonomia, a iniciativa e o comprometimento com o que será desenvolvido. A terceira e última contribuição é a necessidade de repensar as metodologias utilizadas nas aulas de matemática, especialmente a expositiva visando uma práxis pedagógica qualitativa, tendo em vista que o reconhecimento das dificuldades no campo epistemológico da matemática farão os residentes constantemente (re) pensarem suas ações. Assim, uma metodologia qualitativa, faz-se importante pois busca compreender diversos assuntos por meio de discussões em grupos, trabalhos e leituras individuais e coletivas, observando ações que são necessárias para a atuação pedagógica. Dessa forma, percebemos a relevância da aprendizagem prática nas ações pedagógicas dos professores de matemática. Palavras-chaves: Programa Residência Pedagógica, Formação inicial; Práxis pedagógica; Escola-Campo, Residentes de Matemática. Referências GIGLIO, C. M. B.; LUGLI, R. S. G. Diálogos pertinentes na formação inicial e continuada de professores e gestores escolares. A concepção do Programa de Residência Pedagógica na UNIFESP. Cadernos de Educação - UFPel (Online), v. 46, p. 62-82, 2013. PIMENTA, S. G.; LIMA, M.S.L. Estágio e docência. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2017. VALENTE, Wagner Rodrigues . Quem somos nós, professores de matemática?. Cadernos CEDES (Impresso), v. 28, p. 11-23, 2008. VEIGA, I. P. A.. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva.. In: VEIGA, I.P.A.. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 29 ed.Campinas - SP: Papirus, 2012, v. , p. 11-52. VIANNA, H. Pesquisa em educação: a observação. Brasília: Liber Livro, 2007."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O Programa Residência Pedagógica (PRP) faz parte da atual política nacional de formação de professores. Tem por finalidade induzir a melhoria da formação prática dos licenciandos em qualquer área do conhecimento, a partir do terceiro ano de curso. Neste sentido, justifica-se a necessidade de se discutir os benefícios desse programa à formação inicial. Para tanto, objetiva-se relatar as contribuições do PRP à formação inicial de residentes do curso de licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus Canindé/CE. A etapa um, denominada de "Preparação do Aluno para Participação no Programa", ocorreu entre os meses de agosto e setembro de 2018, com duração de 60h. Essa carga horária foi dividida em momentos presenciais e a distância, sendo o segundo um aprofundamento do primeiro momento. 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Por sua vez, estes ambientarão os residentes nos espaços da escola e realizarão a mediação com a gestão, diferentemente dos estágios, onde o estagiário faz uso dessas ações apenas no momento de chegada na escola, não trazendo grandes contribuições para toda a comunidade escolar e, especificamente, para o residente em formação. Esta diferença possibilitará maior aproximação entre instituição formadora e escola-campo, pois o PRP convoca os preceptores a se fazerem presentes em todo o percurso formativo e não apenas nos momentos em que o residente atuará como professor de sala de aula. A aproximação dos residentes com situações a serem vivenciadas nas fases posteriores levaram-os a (re) significarem as discussões iniciadas no decorrer do curso, especificamente sobre metodologias de ensino e os saberes docentes, especialmente os saberes da experiência, que serão melhor compreendidos no decorrer do PRP. 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A terceira e última contribuição é a necessidade de repensar as metodologias utilizadas nas aulas de matemática, especialmente a expositiva visando uma práxis pedagógica qualitativa, tendo em vista que o reconhecimento das dificuldades no campo epistemológico da matemática farão os residentes constantemente (re) pensarem suas ações. Assim, uma metodologia qualitativa, faz-se importante pois busca compreender diversos assuntos por meio de discussões em grupos, trabalhos e leituras individuais e coletivas, observando ações que são necessárias para a atuação pedagógica. Dessa forma, percebemos a relevância da aprendizagem prática nas ações pedagógicas dos professores de matemática. Palavras-chaves: Programa Residência Pedagógica, Formação inicial; Práxis pedagógica; Escola-Campo, Residentes de Matemática. Referências GIGLIO, C. M. B.; LUGLI, R. S. G. Diálogos pertinentes na formação inicial e continuada de professores e gestores escolares. 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