Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

ENTRE RIOS E ESTRADAS: A HISTÓRIA CONSTRUÍDA DO PARFOR/PEDAGOGIA EM QUASE UMA DÉCADA

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A luz de uma metodologia qualitativa (Gil, 2008), a qual preocupa-se, mais com os aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais e do universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, que tem-se como objetivo evidenciar o desenrolar do processo com os municípios, através da articulação política entre universidade e secretaria estadual de educação e as secretarias municipais de educação, desde a aceitação por partes dos gestores municipais, a inserção dos professores que com visões diferentes enxergaram neste projeto uma parceria que permitiria qualificar o quadro de professores, além de atender a resolução das leis e diretrizes que indicava ser essencial a formação superior para o exercício da profissão. Dados do Censo Escolar de 2007 demostrou a grande necessidade de formação de professores em três aspectos - a primeira licenciatura para os professores que não possuem uma licenciatura, a 2ª licenciatura para os professores que atuam fora da área de formação inicial e a formação pedagógica para os professores bacharéis. Para melhorar a qualidade do ensino na educação básica pública em 29/01/2009, foi sancionado o Decreto 6.755, que instituiu a Política Nacional de Formação de Profissionais da Educação Básica (BRASIL, 2009). A UFPA, assim como outras instituições de ensino, assumiu o desafio de promover a formação para professores cuja qualificação profissional não era aquela exigida, pois de acordo com Plano Decenal de Formação Docente do Estado do Pará havia cerca de 40 mil professores em exercício, nas redes públicas do Estado do Pará, sem a formação legalmente exigida para atuação em território nacional. Considerando sua capacidade instalada e a experiência já acumulada no processo de interiorização, a UFPA colocou-se o desafio de investir na formação de 16 mil desses professores e, assim, mobilizou o conjunto de suas Unidades Acadêmicas envolvidas com a oferta de licenciaturas para assumir essa tarefa (UFPA, 2016). Diante deste desafio, estabeleceu uma parceria que permitiu não só contemplar a necessidades urgente, como também, ampliar a formação para outras áreas, visto que o Plano PARFOR/UFPA ampliou os cursos ofertados de licenciatura. De acordo com Santos (2015), o PARFOR é uma chance de acesso ao Ensino Superior a profissionais que estão atuando nas escolas municipais ou estaduais, gratuito e em grandes Universidades Públicas como a UFPA. Chance que, muitas vezes, não tiveram na juventude devido a carência de oferta de cursos em suas localidades ou mesmo pela necessidade do ingresso imediato ao mercado de trabalho para garantir o próprio sustento e o de sua família. É evidente que como todo processo, houveram dificuldades que foram vencidas a partir dos diálogos entres as partes nesse processo, visando garantir a formação adequada a profissionais que exerciam a profissão ao longo dos anos, porém possuíam o diploma. Nesse sentido, acredita-se que Política Nacional de Formação de Professores da Educação Básica em curso, representa para uma maioria expressiva de profissionais da Educação Básica a grande possibilidade de qualificação e aprimoramento, de aprofundamento dos saberes necessários ao exercício da docência e de espaço de renovação das práticas pedagógicas. Isso significa que mesmo diante de obstáculos, os professores e gestores enxergam neste a forma de vivenciar o mundo acadêmico e acima de tudo conquistar a formação em nível superior, superando limitações sejam de ondem financeira, de conhecimentos, localidade. O processo de formação é um desafio, mas acredita-se que ao longo de quase uma década, o Curso de Pedagogia/PARFOR/UFPA vem cumprindo o seu papel ao possibilitar o encontro dos professores em formação com as reflexões entre teoria e prática, elementos indissociáveis da atuação docente. Além disso, enquanto alunas e alunos, os professores do Curso compartilham, relacionam e integram as novas experiências ao seu próprio saber o que possibilita um novo aprendizado a partir das relações que se firmam. Assim, o que se percebe é que o PARFOR, para uma maioria expressiva de profissionais da Educação Básica constituiu-se como uma grande possibilidade de qualificação e aprimoramento, de aprofundamento dos saberes necessários ao exercício da docência e de espaço de renovação das práticas pedagógicas para a ressignificação do processo de ensino e de aprendizagem. Conforme Freire (1998, p. 51): "O importante, não resta dúvida, é não pararmos satisfeitos ao nível das instituições, mas submetê-las à análise metodicamente rigorosa da nossa curiosidade epistemológica" Palavras-chave: Acesso e qualificação; associação teoria/prática, atualização metodológica Referências BRASIL Decreto n. 6.755, de 29 de janeiro de 2009. Institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, disciplina a atuação da Capes no fomento a programas de formação inicial e continuada e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 jan. 2009. disponível em: BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Nº 9394/96. Ministério da Educação/MEC. de 20 de dezembro de 1996. Brasília: DOU, 23/12/1996. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998. (Coleção Leitura). GIL, Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

ENTRE RIOS E ESTRADAS: A HISTÓRIA CONSTRUÍDA DO PARFOR/PEDAGOGIA EM QUASE UMA DÉCADA Maria Ludetana Araújo, ludetana@ufpa.br/UFPA Edisa Assunção Correa, edisaassuncao@yahoo.com.br/UFSC Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas Agência Financiadora: MEC/CAPES Resumo O presente artigo é fruto dos caminhos percorridos pelas turmas do Curso de Pedagogia do PARFOR/UFPA, em quase 10 anos de implementação do projeto de formação de professores da Educação Básica nos municípios do Estado do Pará, sob a tutela da Universidade Federal do Pará-UFPA. A luz de uma metodologia qualitativa (Gil, 2008), a qual preocupa-se, mais com os aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais e do universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, que tem-se como objetivo evidenciar o desenrolar do processo com os municípios, através da articulação política entre universidade e secretaria estadual de educação e as secretarias municipais de educação, desde a aceitação por partes dos gestores municipais, a inserção dos professores que com visões diferentes enxergaram neste projeto uma parceria que permitiria qualificar o quadro de professores, além de atender a resolução das leis e diretrizes que indicava ser essencial a formação superior para o exercício da profissão. Dados do Censo Escolar de 2007 demostrou a grande necessidade de formação de professores em três aspectos - a primeira licenciatura para os professores que não possuem uma licenciatura, a 2ª licenciatura para os professores que atuam fora da área de formação inicial e a formação pedagógica para os professores bacharéis. Para melhorar a qualidade do ensino na educação básica pública em 29/01/2009, foi sancionado o Decreto 6.755, que instituiu a Política Nacional de Formação de Profissionais da Educação Básica (BRASIL, 2009). A UFPA, assim como outras instituições de ensino, assumiu o desafio de promover a formação para professores cuja qualificação profissional não era aquela exigida, pois de acordo com Plano Decenal de Formação Docente do Estado do Pará havia cerca de 40 mil professores em exercício, nas redes públicas do Estado do Pará, sem a formação legalmente exigida para atuação em território nacional. Considerando sua capacidade instalada e a experiência já acumulada no processo de interiorização, a UFPA colocou-se o desafio de investir na formação de 16 mil desses professores e, assim, mobilizou o conjunto de suas Unidades Acadêmicas envolvidas com a oferta de licenciaturas para assumir essa tarefa (UFPA, 2016). Diante deste desafio, estabeleceu uma parceria que permitiu não só contemplar a necessidades urgente, como também, ampliar a formação para outras áreas, visto que o Plano PARFOR/UFPA ampliou os cursos ofertados de licenciatura. De acordo com Santos (2015), o PARFOR é uma chance de acesso ao Ensino Superior a profissionais que estão atuando nas escolas municipais ou estaduais, gratuito e em grandes Universidades Públicas como a UFPA. Chance que, muitas vezes, não tiveram na juventude devido a carência de oferta de cursos em suas localidades ou mesmo pela necessidade do ingresso imediato ao mercado de trabalho para garantir o próprio sustento e o de sua família. 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