MELO, Thierry De. Canhão de gauss como facilitador no ensino de física no ensino médio. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/51961>. Acesso em: 22/12/2024 19:14
CANHÃO DE GAUSS COMO FACILITADOR NO ENSINO DE FÍSICA NO ENSINO MÉDIO Lucineide Sales/salles.silvaa@gmail.com/IFMT- Campus Confresa Thierry de Melo/IFMT- Campus Confresa Samara Sales/IFMT- Campus Confresa Alex Nunes/IFMT- Campus Confresa Devacir Vaz de Moraes/IFMT- Campus Confresa Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes Agência Financiadora: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) Resumo Este trabalho está inserido na área de Ciências da Natureza e Educação, com ênfase na disciplina de Física e tem como justificativa estudar as práticas pedagógica que usam a transmissão de conhecimento por memorização e repetição, visto que este é o modelo de ensino mais utilizado nas escolas e até mesmo em universidades. Temos em vista uma nova geração cada vez menos passiva de métodos lineares, onde a exigência cognitiva e a comunicação multidirecional nos possibilita a abertura do diálogo, trazendo assim a voz do discente por meio de indagações e/ou colaborações provindas do estímulo proporcionado pela demonstração experimental, possibilitando a desmistificação da ideia de que o professor é o único detentor do conhecimento e da verdade. O objetivo deste trabalho é estudar uma metodologia de ensino partindo da aprendizagem pela experimentação, consequentemente utilizando de mecanismos práticos, atrativos e de baixo custo, facilitando assim a sua reprodução em sala de aula a fim de atrair a atenção dos discentes estimulando sua criatividade e capacidade de análise crítica. É notável que os métodos utilizados proporciona ao discente desmotivação e desinteresse na disciplina de Física. Na tentativa de sanar esta deficiência didática, muitos debates e discussões, como por exemplo (ALVES; STACHAC, 2005) "É comum nas escolas de Ensino Médio nos depararmos com professores de física enfrentando grandes dificuldades em construir o conhecimento junto com seus alunos de maneira prazerosa, contextualizada e funcional. Tradicionalmente a física é vista pelos professores como uma disciplina difícil de ser ensinada e com isso os alunos apresentam desinteresse e dificuldades de aprendizagem dos conteúdos. A sociedade hoje se nega a aceitar um procedimento com aulas exclusivamente expositivas e exigem do professor aulas dinâmicas e criativas que despertem o interesse dos educandos." Segundo (GIORDAN,1999), "...É de ressaltar a capacidade dos alunos de criar modelos explicativos para o fenômeno em estudo, o que é sem dúvida uma competência importante a ser cultivada em situações de ensino envolvendo experimentação.", para (SANTOS; SILVA, 2007) "Precisamos construir uma pedagogia do devir, na qual professores e alunos possam dialogar problematizando e atualizando as questões e os desafios do conhecimento", para (VYGOTSKY, 1986) "...O estudo experimental provou que não é só possível ensinar as crianças a empregar conceitos mas que tal "interferência" pode influenciar favoravelmente o desenvolvimento de conceitos que tenham sido formados pelo próprio estudante...". Ao analisar essas questões que estão em debates percebemos que a experimentação torna a sala de aula interativa, com o intuito de adquirir maior atenção por parte dos alunos ao demonstrar o conteúdo abordado no ensino de Física como Energia Potencial e Energia Cinética associados ao Campo Magnético. Utilizaremos o Canhão de Gauss feito de forma caseira, com materiais de baixo custo e fácil acesso. Para a realização do experimento foram utilizados seis ímãs de neodímio, um pedaço de cano de PVC cortado em sentido longitudinal, cola Cianoacrilato (super bonder) e treze bolinhas de metal. Com o auxílio da cola fixamos os seis ímãs de neodímio divididos igualmente por todo o cano de PVC a uma distância de 0,16m, onde um ímã não sofra influência do campo magnético do outro, ao ponto de não haver forças de atração/repulsão, e posicionamos à frente de cada ímã duas bolinhas de metal, conservando uma das bolinhas em mãos para ser utilizada como gatilho do experimento. Após montada a estrutura do canhão, a bolinha que ficou para ser usada como gatilho foi colocada no início do cano de lado oposto às bolinhas que já se encontram na estrutura, será aplicada um trabalho (força inicial) para que a bolinha utilizada como gatilho ganhe aceleração e velocidade em direção ao campo magnético do ímã, ao passo que a bolinha se aproxima do ímã aumenta sua velocidade em direção ao mesmo, fazendo com que tenha um ganho de energia cinética, até que haja o choque, gerando uma sequência de transferência de momentos lineares, onde a energia cinética é transferida para o ímã subsequentemente para as bolas de metal fazendo com que a última bola ganhe aceleração na medida que recebe energia cinética e se desloque para o próximo ímã repetindo toda a sequência dos fatos descritos, no entanto, a cada repetição a velocidade aumenta. Os resultados deste experimento se mostram pertinentes com relação a didática proposta, e facilita a compreensão dos conteúdos abordados. Esse projeto está em andamento e encontra-se em fase de revisão literária para análise dos questionamentos supracitados, e será realizado por meio do PIBID, que nos permitirá acesso a sala de aula, na Instituição de Ensino destinada a nos receber enquanto bolsistas/voluntários. Com o auxílio do professor responsável pela disciplina, pretendemos realizar uma pesquisa aplicada atrave? da metodologia de projeto de intervenção realizando questionário a respeito das aulas de Física antes e após a realização do método experimental, possibilitando verificar a aceitação dos alunos. Nesse sentido o trabalho nos proporcionará um grande aprendizado enquanto acadêmicos de Licenciatura em Física, ao propiciar na prática o que é transmitido nos bancos acadêmicos. Palavras-chave: Métodos de ensino, Ensino de Física, Canhão de Gauss, Ciências da natureza, Licenciatura em Física. Referências SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, XVI., 2005, Presidente Prudente - SP. A Importância de Aulas Experimentais no Processo Ensino Aprendizagem ... Presidente Prudente - SP: Universidade do Oeste Paulista ? UNOESTE, 2005. 4 p. Disponvel em: . Acesso em: 10 out. 2018. GIORDAN, Marcelo. O papel da experimentação no Ensino de Ciências. Química nova na escola: experimentação e ensino de ciências. Química Nova na Escola, São Paulo -SP, v. 10, n. 12, p.43-49, nov. 1999. Trimestral. HOFFMANN, Jairo Luiz. O panorama de uso da experimentação no Ensino da Física em municípios da região Oeste do Paraná: uma análise dos desafios e das possibilidades. 2017. 198 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Educação(cvl), Centro de Educação, Comunicação e Artes, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2017. Disponível em: . Acesso em: 09 out. 2018. LEIRIA, Talisson Fernando; MATARUCO, Sônia Maria Crivelli. O PAPEL DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DE FÍSICA. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 12, 2015, Curitiba. Anais... . Curitiba: Educere, 2015. p. 32214 - 32227. Disponível em: . Acesso em: 09 out. 2018. MOREIRA, Ana Cláudia S.; PENIDO, Maria Cristina Martins. SOBRE AS PROPOSTAS DE UTILIZAÇÃO DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS NO ENSINO DE FÍSICA. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 7., 2009, Florianópolis. Anais... . Florianópolis: Abrapec, 2009. p. 1 - 14. Disponível em: . Acesso em: 09 out. 2018. PEREIRA, Sofia Alexandra Nunes. Perspectiva CTSA (ciência, tecnologia, sociedade e ambiente) no ensino das ciências: concepções e práticas de professores de ciências da natureza do 2.º ciclo do ensino básico. 2012. 92 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Ensino das Ciências, Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Bragança (ipb), Bragança, 2012. Disponível em: . Acesso em: 09 out. 2018. SANTOS, E.; SILVA, M. A PEDAGOGIA DA TRANSMISSÃO E A SALA DE AULA INTERATIVA. In: TORRES, Patricia Lupion. ALGUMAS VIAS PARA ENTRETECER O PENSAR E O AGIR. Curitiba-pr: Senar-pr, 2007. p. 45-59. VYGOTSKY, L. PENSAMENTO E LINGUAGEM Cambridge: The Mit Press, 1986.