Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

A EXPERIÊNCIA DO PIBID NA OFICINA “HISTÓRIAS DE VIDA” NA E.E.E.P COMENDADOR MIGUEL GURGEL EM FORTALEZA/CE

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No século XX considera-se que os irmãos Johnson (1975) tornaram a metodologia de Aprendizagem Cooperativa conhecida mundialmente. Segundo Johnson (2009) a aprendizagem cooperativa é definida como um conjunto de técnicas de ensino em que os alunos trabalham em pequenos grupos e se ajudam mutuamente, discutindo a resolução de problemas facilitando a compreensão do conteúdo. Todas as atividades são estruturadas pelo professor que acompanha e estabelece os comportamentos desejados para os alunos no desenvolvimento da aula. Segundo, Johnson & Johnson (1999) para que a aprendizagem seja cooperativa é necessário que se verifiquem as seguintes características específicas que não atuam isoladamente, mas são interdependentes. A interdependência positiva, a responsabilidade individual, a interação frente a frente permitindo o desenvolvimento de competências sociais, o desenvolvimento de competências interpessoais e grupais e a avaliação do processo do trabalho da célula de modo a melhorar o funcionamento do mesmo. Essa estratégia permite aos estudantes interagirem com os colegas e com o professor, possibilita também o ganho de autonomia e de responsabilidade para tomar decisões no desenvolver das atividades em sala de aula. No Brasil, a prática não é difundida em todo o território, havendo poucos trabalhos acerca da temática que ganhou popularidade no meio acadêmico nos anos 1990. No Ceará, temos o Programa de Educação em Células Cooperativas (PRECE) onde é realizada uma parceria entre a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC-CE), qualificando docentes para a aplicação da metodologia nas escolas estaduais. A escola E.E.E.P Comendador Miguel Gurgel está presente neste contexto. Para realizar a oficina "Histórias de vida" o professor tutor escolheu a turma do segundo ano do ensino médio, alunos do curso de secretariado, na faixa etária de quatorze e dezesseis anos, e três pibidianos. A oficina dividiu-se em três momentos. Inicialmente, os alunos assistiram uma breve apresentação do que seria a Aprendizagem Cooperativa, para entenderem que a oficina é uma das fases para a aplicabilidade da metodologia. Num segundo momento estes foram divididos em grupos de três, um era o relator da história, o outro era o contador da narrativa e por fim o terceiro cronometrava o tempo, a fim de que cada qual tivesse a oportunidade de relatar sua história de vida na mesma quantidade de minutos. Essas funções eram revezadas pelos membros do trio. Vale ressaltar que no início das narrativas o trio faz um contrato ético, no qual elegem três regras de vivência para aquele momento. No terceiro momento o professor juntou a turma para questioná-los acerca dos seus sentimentos a partir da fala e da escuta da história do outro. Os resultados da oficina foram satisfatórios, pois percebeu-se o desenvolvimento da empatia e uma melhora na auto-estima dos estudantes, sentimentos importantes para que exista uma prática eficaz e eficiente de Aprendizagem Cooperativa. Percebeu-se, também, uma maior interação entre alunos e professor bem como entre alunos e pibidianos. REFERÊNCIAS DEWEY, J. Democracia e educação: introdução à filosofia da educação. 3. ed. Tradução Godofredo Rangel e Anísio Teixeira. SãoPaulo: Nacional, 1959a. DEWEY, J. Experiência e educação. Tradução Anísio Teixeira. SãoPaulo: Nacional, 1971. DEWEY, J. Reconstrução em filosofia. 2 ed. Tradução António Pinto de Carvalho. São Paulo: Nacional, 1959b.DEWEY, J. Liberalismo, liberdade e cultura. Tradução AnísioTeixeira. São Paulo: Nacional, EDUSP, 1970. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 15. ed. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O presente trabalho vem no sentido de analisar como se deu a aplicação da oficina "Histórias de Vida" dentro da metodologia de ensino em Aprendizagem Cooperativa, realizada na escola E.E.E.P Comendador Miguel Gurgel em Fortaleza/ Ceará. Esta foi concretizada pelos pibidianos do curso de Geografia/Licenciatura da Universidade Estadual do Ceará (UECE), sob a orientação do professor supervisor. A primeira experiência universal que envolve a Aprendizagem Cooperativa data do início do século XIX. O filósofo e pedagogo estadunidense John Dewey também veio a incluir o ensino cooperativo em suas obras. Dewey (1916), afirma que a escola, em sua base, é um espaço de vida e de trabalho, onde discentes e docentes mutuamente irão realizar o movimento de ensinar e aprender.Para ele, o professor ao ensinar, além de educar, contribui para uma vida mais justa. No século XX considera-se que os irmãos Johnson (1975) tornaram a metodologia de Aprendizagem Cooperativa conhecida mundialmente. 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Essa estratégia permite aos estudantes interagirem com os colegas e com o professor, possibilita também o ganho de autonomia e de responsabilidade para tomar decisões no desenvolver das atividades em sala de aula. No Brasil, a prática não é difundida em todo o território, havendo poucos trabalhos acerca da temática que ganhou popularidade no meio acadêmico nos anos 1990. No Ceará, temos o Programa de Educação em Células Cooperativas (PRECE) onde é realizada uma parceria entre a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC-CE), qualificando docentes para a aplicação da metodologia nas escolas estaduais. A escola E.E.E.P Comendador Miguel Gurgel está presente neste contexto. Para realizar a oficina "Histórias de vida" o professor tutor escolheu a turma do segundo ano do ensino médio, alunos do curso de secretariado, na faixa etária de quatorze e dezesseis anos, e três pibidianos. A oficina dividiu-se em três momentos. Inicialmente, os alunos assistiram uma breve apresentação do que seria a Aprendizagem Cooperativa, para entenderem que a oficina é uma das fases para a aplicabilidade da metodologia. Num segundo momento estes foram divididos em grupos de três, um era o relator da história, o outro era o contador da narrativa e por fim o terceiro cronometrava o tempo, a fim de que cada qual tivesse a oportunidade de relatar sua história de vida na mesma quantidade de minutos. Essas funções eram revezadas pelos membros do trio. Vale ressaltar que no início das narrativas o trio faz um contrato ético, no qual elegem três regras de vivência para aquele momento. No terceiro momento o professor juntou a turma para questioná-los acerca dos seus sentimentos a partir da fala e da escuta da história do outro. Os resultados da oficina foram satisfatórios, pois percebeu-se o desenvolvimento da empatia e uma melhora na auto-estima dos estudantes, sentimentos importantes para que exista uma prática eficaz e eficiente de Aprendizagem Cooperativa. Percebeu-se, também, uma maior interação entre alunos e professor bem como entre alunos e pibidianos. REFERÊNCIAS DEWEY, J. Democracia e educação: introdução à filosofia da educação. 3. ed. Tradução Godofredo Rangel e Anísio Teixeira. SãoPaulo: Nacional, 1959a. DEWEY, J. Experiência e educação. Tradução Anísio Teixeira. SãoPaulo: Nacional, 1971. DEWEY, J. Reconstrução em filosofia. 2 ed. Tradução António Pinto de Carvalho. São Paulo: Nacional, 1959b.DEWEY, J. Liberalismo, liberdade e cultura. Tradução AnísioTeixeira. São Paulo: Nacional, EDUSP, 1970. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 15. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. JOHNSON, David. W.; JOHNSON, Roger. T.; SMIT, KarL A. A Aprendizagem Cooperativa Retorna as Faculdades. Disponível em .Acesso em: 20 mar. 2018. JOHNSON, David. W.; JOHNSON, Roger. Teaching Students To Be Peacemarkers (4 ed.) Edina,MN: Interaction Book Company, (952) 831-9500LOPES, J.; SILVA, H,S. Aprendizagem Cooperativa na sala de aula: um guia prático para o professor. 1. ed. Lisboa: Lidel, 2009. JOHNSON, David. W.; JOHNSON, Roger. Teaching Students To Be Peacemarkers (4 ed.) Edina,MN: Interaction Book Company, (952) 831-9500 RIBEIRO, Celeste Maria Cardoso. Aprendizagem Cooperativa na sala de aula: Uma estratégia para aquisição de algumas competências cognitivas e atitudinais definidas pelo ministério da educação. 2006. 222 f. Dissertação (Mestrado em Biologia e Geologia para o ensino) Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, 2006. ROGERS, Carl R. ROSENBERG, Rachel L. A pessoa como centro. São Paulo: EPU, Ed. da Universidade de São Paulo, 1977.

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