RECREIO INTERATIVO: ESPAÇO/TEMPO LÚDICO DE APRENDIZAGENS
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O público alvo são estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental com faixa etária entre seis (06) e quatorze (14) anos, nos turnos matutino e vespertino, totalizando 508 estudantes. Segundo Neuenfeld (2013) além das aulas de educação física, o recreio torna-se o único tempo/espaço em que as crianças têm para se movimentar, após horas sentadas em sala de aula, assim, é normal que elas "explodam" em movimentos, visto que estes fazem parte da antropologia humana. Para Michel, Amaral e Silva (2012) a desordem, a correria, as risadas, o choro, as fofocas, a tensão entre o brincar e terminar o lanche, ir ao banheiro e beber água, são elementos muito comuns no recreio escolar. O recreio ainda é visto como um momento de descanso para os professores e momento de extravasar energia dos alunos, sendo, na maioria das vezes, identificado como tempo/espaço improdutivo (Neuenfeld, 2013). Para Fantoni e Sanfelice (2018) a escola é um dos lugares mais adequados para analisar as transformações culturais dos jogos e das brincadeiras, tanto enquanto meio para a aprendizagem, quanto para a ludicidade das crianças, no momento do recreio. Neste sentido, o RI é uma projeto que visa trabalhar, no tempo/espaço do recreio, jogos, brincadeiras e esportes, proporcionando uma aprendizagem significativa para os alunos, transformando-se em uma atividade pedagógica, prazerosa, lúdica, criativa, participativa, diversificada, dinâmica e social. Nele, os alunos têm a oportunidade de escolher qual atividade deseja participar, interagindo com crianças de outras séries, proporcionado o contato com diversas vivências da cultura corporal, saindo do espaço da sala de aula e consolidando que as aprendizagens podem existir em outros espaços promotores da educação. Corroborando com este pensamento, Souza (2009) diz que o recreio também deve ser visto como uma atividade curricular, sem, contudo, ser um tempo/espaço de atividades obrigatórias, mas sim oportunizar as crianças diversos jogos e brincadeiras, onde elas possam brincar livremente. Neste sentido, através deste projeto pretendemos transformar o recreio em um espaço lúdico e de aprendizagem, mais do que o simples ato de brincar, este passará a ser um espaço de construção das relações sócio afetivas. Quando o recreio é organizado desta forma, desperta nos alunos o interesse pela cultura corporal, trabalhando com valores, respeito às diferenças, o cuidado com os materiais e os espaços, promovendo a autonomia, criticidade, um trabalho coletivo e cooperativo, auxiliando-os na tomada de decisão e na superação de obstáculos. O RI é organizado em dois espaços distintos (a quadra poliesportiva e a área de convivência) com um (01) bolsista em cada espaço. 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A avaliação é feita de forma trimestral, onde são medidos os recursos (materiais e humanos), as metodologias e as práticas corporais desenvolvidas. Assim, pode-se verificar os pontos positivos e as possibilidades de melhoramentos, principalmente através da escuta ativa dos alunos e professores. Neste sentido, percebemos que o espaço/tempo do recreio não apresenta aquela euforia, correria desenfreada, violência física e/ou verbal entre os alunos, desenvolvendo, por conseguinte, relações socio afetivas, em que pese estarmos no terceiro mês de observação/intervenção. Portanto, a execução deste projeto corrobora com o objetivo do PIBID proporcionando a qualificação da formação docente, estreitando as relações entre o ensino superior (universidade) e o ensino básico (escola), assim como também a relação entre o bolsista (futuro professor) e a escola. Palavras-chave: Recreio Interativo; Ensino e aprendizagem; Educação Física. Referências FANTONI, Aline de Carvalho; SANFELICE, Gustavo Roese. 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