A CRECHE E A UNIVERSIDADE SE ENCONTRAM: RELATOS DE EXPERIÊNCIA DO RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA
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Atrelado à pesquisa-ação, o mesmo conceitua-se como uma política pública para formação inicial de licenciandos, onde visa o aperfeiçoamento da formação docente, como também do estágio de docência em suas múltiplas dimensões. As escolas campo do Residência Pedagógica são: municipal e estadual. Para o presente relato, destacam-se as ações no Centro Municipal de Educação Infantil Santa Quitéria, localizado no município de Santana do Ipanema/AL. A priori, o grupo desenvolveu uma caracterização institucional através da análise do Projeto Político Pedagógico; questionário com a diretora com o objetivo de coletar dados favoráveis à realização do projeto de intervenção a ser desenvolvido, como também, inteirar-se sobre as expectativas em relação aos residentes na escola campo de ações do Residência, para isso, também efetivamos, observações diretas dos grupos etários da creche. Posteriormente, estes dados foram transcritos, resultando em um relatório de diagnóstico situacional da instituição, e esse foi dialogado na Universidade com todos os residentes e auxílio da docente orientadora. Nesse sentido, os relatos aqui apresentados trazem algumas reflexões da relação entre Universidade e a creche, com o objetivo de socializar os saberes obtidos pelos residentes nesse processo de aprendizagem através das: preparações teóricas, oficinas pedagógicas, caracterização institucional e discussões após as coletas de dados, como, também, destacar os primeiros desafios e possibilidades encontrados na prática e na proposta de organização institucional da creche. Para isso, realizou-se um diálogo a partir dos estudos de: Zabala (1998); Zabalza (1998); Pimenta (2006); Cruz (2008); Barreto (2011). Os quais versam sobre o papel da coordenação pedagógica e o trabalho em grupo, a escola infantil como estrutura institucional, o conceito de criança, a organização dos espaços na Educação Infantil e o tempo e espaço da infância na escola. Assim, diante das experiências entre universidade e escola viabilizadas pelo Programa Residência Pedagógica, pôde-se perceber o quanto o Programa, mesmo no início, tem causado um impacto na escola, infere-se que isso ocorra devido o objetivo de atrelar as ações dos estágios diretamente com as intervenções nas escolas campo. Percebe-se que são grandes as expectativas sobre os residentes, como: o que irão fazer, como contribuirão para a melhoria e para desenvolvimento institucional, quais os momentos que estarão na escola e as impressões que os mesmos levarão. No que se refere ao ser residente, observa-se que o trabalho envolvendo: escolas e universidade, vem proporcionando uma efetividade entre teoria e prática, principalmente por se tratar de um Programa que permite a convivência cotidiana na escola, além de possibilitar aos estudantes de licenciatura vivenciarem e usufruírem do seu campo de estudo e trabalho, ou seja, um olhar para as vivências no cotidiano escolar. As ações de intervenções propostas no espaço institucional da creche vêm fomentando em aprendizagens efetivas, onde se observa as mudanças de atitudinais e procedimentais, principalmente, nas ações docentes, uma vez que esses estão vislumbrando as mudanças nos espaços da creche e as possibilidades das ações junto às crianças sendo efetivadas. Assim, o Residência Pedagógica oportuniza o contato direto com: estudos, planejamento e execuções de ações, uma imersão no espaço escolar, proporcionando: planejar, fazer, organizar, intervir, rever e refletir sobre as ações docentes, contribuindo para a formação continuada dos que já fazem parte da escola e oportunizando ao residente um olhar para as especificidades da profissão docente. Palavras-chave: Residência Pedagógica, Teoria-prática, Desafios e Possibilidades. Experiências. Referências CRUZ, Silvia Helena Vieira (Org.). Porque Ouvir as crianças? Algumas Questões para um debate científico multidisciplinar. In: ROCHA, Eloísa Acires Candal. A criança fala: A escuta de crianças em pesquisa. São Paulo: Cortez, 2008. p. 43-50. DELGADO, Ana Cristina Coll; MULLER, Fernanda (Org.). Apresentação: tempos e espaços das infâncias. Currículo sem Fronteiras: Rio Grande do Sul, v.6, n.1, p.5-14, jan./jun., 2006. PIMENTA, Selma Garrido; FRANCO, Maria Amélia Santoro (Org.). A investigação-ação e a construção de conhecimento profissional relevante. In: OLIVEIRA-FORMOSINHO, Julia. Pesquisa em Educação: Possibilidades investigativa/formativas da pesquisa-ação. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2006. p. 27-37. ZABALA, Antoni. A organização social da classe. In: ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed Editora, 1998. ZABALZA, Miguel A. Os Desafios que a Educação Infantil Deve Enfrentar nos Próximos Anos. In: ZABALZA, Miguel A.. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed Editora, 1998. THIESEN, Juares da Silva. Tempos e espaços na organização Curricular: uma reflexão sobre a dinâmica dos processos escolares. Educação em Revista: Belo Horizonte, v.27, n.01, p.241-260, abr. 2011. 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