Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

REVITALIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS EM UMA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL DE MACEIÓ-AL

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Dourado (2001), afirma que a inclusão das atividades laboratoriais no ensino de Ciências começou no início do século XIX, quando as disciplinas da área das ciências começaram a fazer parte dos currículos de muitos países. O referido autor cita que as atividades experimentais são essenciais para o processo de ensino-aprendizagem e devem estar adequadas às capacidades e atitudes que se pretende desenvolver nos alunos. Este marco foi de significativa importância para o ensino, porém com o passar dos anos, estas atividades começaram a ser utilizadas somente para complementar as teorias já comprovadas. Em um sentido amplo, qualquer âmbito que envolva a realização de experiências de ciências - a sala de aula, o laboratório, a oficina, o parque, um museu ou o zoológico - receberá o impacto das atividades na construção dos conhecimentos. A escola observada possui um local próprio para aulas práticas, o Laboratório de Ciências, no entanto, há problemas como a infraestrutura, a manutenção do espaço, a falta de recursos financeiros e o curto tempo disponível para o professor fazer o planejamento e executá-lo nesse espaço. Neste trabalho relatamos a dificuldade enfrentada por alunos bolsistas do PIBID do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, para revitalizar um laboratório que esteve fechado por mais de três anos. O mesmo foi utilizado por alunos do Ensino Médio, mas quando a escola passou a ofertar apenas o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), o laboratório ficou inutilizado sendo reaberto com a chegada dos pibidianos. O espaço encontrava-se em um estado de abandono, sem lâmpadas e sem torneiras dos lavatórios, também foram encontrados materiais didáticos empoeirados e espalhados pelo chão. Existe uma sala no mesmo corredor que era utilizada para guardar materiais de limpeza da escola, e onde estavam vidrarias e reagentes químicos para experiências no laboratório ainda nas caixas e lacrados, mas fora da validade. Diante dessa situação surgiu o interesse de revitalização do laboratório visando melhorar o processo de ensino e aprendizagem de Ciências, e desenvolver o interesse dos alunos pela disciplina. Para dar início aos trabalhos foi solicitado à direção da escola a autorização para esse trabalho, só então, foi dado início aos trabalhos de limpeza e organização de todos os materiais no decorrer do segundo semestre de 2018. A notícia da revitalização se espalhou pela escola e muitos alunos foram visitar o espaço e se ofereceram para ajudar. Alguns funcionários e alunos relataram sobre o longo tempo em que o laboratório esteve inutilizado e que a reabertura iria trazer vida para escola e interesse para os alunos, pois era uma coisa nova. A primeira aula prática, depois da reabertura, foi com os alunos dos sétimos anos, com o tema da reprodução dos peixes, a importância da piracema e o que ocorre com os surgimentos de barreiras desenvolvidas pela ação do homem. Os alunos produziram peixes de papel que foram colocados por eles mesmos em um rio feito de cartolina com papel crepom e simularam como ocorria a piracema junto com a ajuda e explicação dos pibidianos e da professora supervisora. Após a simulação da piracema foi proposto que eles fizessem uma barreira que simbolizaria uma hidrelétrica e que eles explicassem a partir disso o que ocorreria com os peixes. Ao fim da aula foram elaborados resumos sobre o que foi abordado e compreendido durante a prática. Através dos resumos e da participação dos alunos foi percebido um maior interesse e participação na aula e um despertar pelo conhecimento. Corroborando com o que Galiazzi et al. (2001) explicam, que as experiências têm o objetivo de aperfeiçoar a aprendizagem do conteúdo científico, pois os alunos aprendiam os conteúdos teóricos e não conseguiam aplicá-los na prática. Mesmo com as dificuldades e burocracias para a revitalização que ainda não foi concluída, pois algumas etapas dependem de serviços de profissionais, o projeto continua. O laboratório foi reaberto e está sendo utilizado para as aulas práticas e oficinas de Ciências que já são possíveis, aguardando as instalações necessárias para o uso de todos os equipamentos disponíveis. Mediante os depoimentos de professores, alunos e colaboradores da escola, acreditamos que as contribuições da reativação e início das aulas no laboratório são muito importantes, pois além de promover um movimento coletivo de pertencimento da comunidade escolar foi possível perceber que aprender Ciências deixou de ser chato, decorativo e repetitivo para os alunos que estavam envolvidos. Palavras-chave: Ensino de Ciências, Laboratório de Ensino, Escola Pública, Patrimônio Público. Referências WEISSMANN, H. Didática das ciências naturais: contribuições e reflexões. Tradução Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre: Artmed, 1998. DOURADO, L. Trabalho Prático (TP), Trabalho Laboratorial (TL), Trabalho de Campo (TC) e Trabalho Experimental (TE) no Ensino das Ciências - contributo para uma clarificação de termos. In: VERÍSSIMO, A.; PEDROSA, M. A.; RIBEIRO, R. (Coord.). Ensino experimental das ciências. (Re)pensar o ensino das ciências, 2001. 1. ed. 3. v. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2018. GALIAZZI, M. C.; ROCHA, J. M. B.; SCHMITZ, L. C.; SOUZA, M. L.; GIESTA, S.; GONÇALVES, F. P. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência e Educação, v. 7, n. 2, 2001. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2018."
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Dourado (2001), afirma que a inclusão das atividades laboratoriais no ensino de Ciências começou no início do século XIX, quando as disciplinas da área das ciências começaram a fazer parte dos currículos de muitos países. O referido autor cita que as atividades experimentais são essenciais para o processo de ensino-aprendizagem e devem estar adequadas às capacidades e atitudes que se pretende desenvolver nos alunos. Este marco foi de significativa importância para o ensino, porém com o passar dos anos, estas atividades começaram a ser utilizadas somente para complementar as teorias já comprovadas. Em um sentido amplo, qualquer âmbito que envolva a realização de experiências de ciências - a sala de aula, o laboratório, a oficina, o parque, um museu ou o zoológico - receberá o impacto das atividades na construção dos conhecimentos. 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Palavras-chave: Ensino de Ciências, Laboratório de Ensino, Escola Pública, Patrimônio Público. Referências WEISSMANN, H. Didática das ciências naturais: contribuições e reflexões. Tradução Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre: Artmed, 1998. DOURADO, L. Trabalho Prático (TP), Trabalho Laboratorial (TL), Trabalho de Campo (TC) e Trabalho Experimental (TE) no Ensino das Ciências - contributo para uma clarificação de termos. In: VERÍSSIMO, A.; PEDROSA, M. A.; RIBEIRO, R. (Coord.). Ensino experimental das ciências. (Re)pensar o ensino das ciências, 2001. 1. ed. 3. v. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2018. GALIAZZI, M. C.; ROCHA, J. M. B.; SCHMITZ, L. C.; SOUZA, M. L.; GIESTA, S.; GONÇALVES, F. P. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência e Educação, v. 7, n. 2, 2001. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2018."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

REVITALIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS EM UMA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL DE MACEIÓ-AL Yasmin Thainá da Silva dos Anjos[1]/yasmimthaina@hotmail.com/UFAL Nadiedja da Silva Cândido[2]/nadiedjacandido@gmail.com/UFAL Saulo Verçosa Nicácio[3]/saulo.nicacio@icbs.ufal.br/UFAL Eixo Temático: Processos de Ensino e Aprendizagem Agência financiadora: CAPES/PIBID Resumo O Laboratório de Ciências constitui-se em um ambiente de aprendizagem significativo no que se refere à capacidade do aluno em associar assuntos relacionados à teoria presente nos livros didáticos, pela realização de experiências, sendo um local de mudanças no ambiente de aprendizagem da sala de aula e permitindo ao aluno visualizar a teoria de forma dinâmica, vivenciando-a teoria por meio da experimentação (WEISSMANN, 1998). Ainda segundo o autor, esse espaço se constitui na materialização de uma concepção didática, em uma maneira de visualizar e estruturar a produção dos conhecimentos científicos. Dourado (2001), afirma que a inclusão das atividades laboratoriais no ensino de Ciências começou no início do século XIX, quando as disciplinas da área das ciências começaram a fazer parte dos currículos de muitos países. O referido autor cita que as atividades experimentais são essenciais para o processo de ensino-aprendizagem e devem estar adequadas às capacidades e atitudes que se pretende desenvolver nos alunos. Este marco foi de significativa importância para o ensino, porém com o passar dos anos, estas atividades começaram a ser utilizadas somente para complementar as teorias já comprovadas. Em um sentido amplo, qualquer âmbito que envolva a realização de experiências de ciências - a sala de aula, o laboratório, a oficina, o parque, um museu ou o zoológico - receberá o impacto das atividades na construção dos conhecimentos. 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