ALVES, Carlos Alex. O pibid na eci burity: os primeiros saberes e fazeres. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/51550>. Acesso em: 22/12/2024 00:03
Resumo O presente trabalho tem como objetivo principal apresentar os primeiros saberes e fazeres oriundos de experiências educativas que estão acontecendo entre a Escola Estadual Cidadã Integral Professor Luiz Gonzaga Burity e Licenciandos do curso de Matemática do Campus IV - Litoral Norte - Rio Tinto da Universidade Federal da Paraíba, mediatizados pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), sob a responsabilidade da Diretoria de Educação Básica Presencial - DEB da Capes. A opção pela pesquisa é justificada devido ao compromisso com a formação do professor que ensina matemática, pelo envolvimento no projeto e também pela curiosidade epistemológica frente ao cumprimento a um dos objetivos gerais do projeto que é de proporcionar aos futuros professores a participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador, que visem a superação dos problemas do processo ensino-aprendizagem com base na inserção de resultados de pesquisas acadêmicas na prática escolar, buscando a evolução dos indicadores de desempenho escolar disponíveis. Primeiramente, foi realizada uma avaliação diagnóstica completa da escola considerando os seguintes eixos principais: o espaço escolar e o de aulas; a análise dos documentos escolares e a realização de entrevistas com os atores protagonistas da escola (alunos, professores e gestão escolar). No segundo momento, foi iniciado o plano de ação das atividades para o ano de 2018, previamente elaborado em conjunto pelos coordenadores, supervisor e alunos bolsistas/voluntários do programa e atuantes na ECI Burity, vislumbrando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem de matemática e a formação inicial e continuada de professores. Em meados de agosto, foi elaborado do corrente ano, um plano de ação que apresentava em seu conteúdo didático o desenvolvimento de oficinas pedagógicas, aulões de preparação para exames externos de avaliação (a exemplo do ENEM), práticas de estudo orientado e uma gincana pedagógica. Tal plano está organizado em uma matriz 6x5, sendo as linhas dispostas pelas áreas temáticas de Matemática discorridas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e uma sistemática de avaliação: (i) Números; (ii) Álgebra; (iii) Geometria; (iv) Grandezas e Medidas; (v) Probabilidade e Estatística; e (vi) Avaliação. Por sua vez, as colunas são dispostas considerando os seguintes elementos da Didática: (i) Tendência da Educação Matemática; (ii) Habilidades; (iii) Objetos de Conhecimento; (iv) Recursos; e (v) Data de Aplicação. Dentre vários, alguns pressupostos teóricos que embasam nosso trabalho são: Valente (1993); Libâneo (2001); Tardif (2002); Ponte (2002); Flemming, Luz e Melo (2005); Freire (2006); Lorenzato (2006); Fiorentini (1995; 2008); Carzola e Santana (2010) e Brasil (2017). No momento atual do programa na escola estamos desenvolvendo duas oficinas pedagógicas abrangendo as áreas de Probabilidade e Estatística em comunhão com as Tendências da Educação Matemática relativas a Mídias Tecnológicas no Ensino de Matemática e ao Laboratório de Ensino de Matemática - LEM. Na primeira oficina, será abordada casos de violência na comunidade escolar mediante uma pesquisa estatística. Para tanto, um questionário envolvendo tipos de violência já foi aplicado e no momento atual estão sendo tabulados e organizados os dados em forma de gráficos e tabelas no Laboratório de Informática da UFPB junto com a turma integrante do 3º ano do Ensino Médio. Na segunda oficina, será trabalhada o objeto de conhecimento de probabilidade com o auxilio de um kit de probabilidade pertencente ao LAB da ECI Burity; a turma integrante dessa oficina é do 2º ano do Ensino Médio. Estas ações estão previstas para serem concluídas até o fim de setembro. Os resultados desses fazeres apontam o aprimoramento na formação profissional dos professores de matemática da escola e a mobilização de saberes docentes por parte dos alunos bolsistas; a inserção das tendências da educação matemática na ação docente; e realçam as inter-relações entre a escola e a universidade na melhoria do processo de ensino-aprendizagem e na prática da pesquisa acadêmica através da participação e publicação de trabalhos em eventos científicos. Estes resultados configuram a escola e o PIBID como espaços de formação e desenvolvimento profissional. Palavras-chave: Espaços de formação, Saberes docentes, Práticas escolares inovadoras, Pesquisa acadêmica.