Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: COMO A TEMÁTICA É ABORDADA PELOS DOCENTES QUE ATUAM NOS ANOS INICIAIS, DO ENSINO FUNDAMENTAL?

"2018-12-03 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 51402
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 458
    "inscrito_id" => 53531
    "titulo" => "EDUCAÇÃO AMBIENTAL: COMO A TEMÁTICA É ABORDADA PELOS DOCENTES QUE ATUAM NOS ANOS INICIAIS, DO ENSINO FUNDAMENTAL?"
    "resumo" => "EDUCAÇÃO AMBIENTAL: como a temática é abordada pelos docentes que atuam nos anos iniciais, do Ensino Fundamental? Camila Almeida da Silva, camilaczs_ac@hotmail.com, SEE/AC Francisco Sidomar Oliveira da Silva, sydomar_czs@hotmail.com, Cela/Ufac Aline Andréia Nicolli, aanicolli@gmail.com, Cela/Ufac Processos de ensino e aprendizagem Resumo Este texto apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou responder a seguinte questão: "Como a Educação Ambiental está sendo abordada pelos docentes que atuam nos anos iniciais, do Ensino Fundamental?". Sendo assim, cabe destacar que, a nosso ver, a abordagem da temática Educação Ambiental (EA), em contexto educacional, visa a transformação social. Por isso, importante termos clareza do que indicam as duas principais concepções existentes, para podermos identificar como elas estão sendo trabalhadas na escola, vejamos: (a) EA Conservadora e Comportamentalista: fragmenta em partes a visão de mundo e direciona seu foco para as causas ecológicas na perspectiva da mudança comportamental e individual do sujeito. Segundo Loureiro, esse pensamento "... não vem dando conta de estabelecer uma relação equilibrada entre indivíduos em sociedade e a natureza, o que se manifesta pela crise socioambiental" (2007, p. 89). Esta concepção de EA encontra-se ancorada na hegemonia do homem sob a natureza, marcada por uma relação de dominação e hierarquização e (b) EA Crítica, Emancipatória e Transformadora: ancorada nas ideias emancipatórias de Paulo Freire (1997, 1999), essa concepção gera inquietações quanto à problemática socioambiental em sua amplitude, além de desconstruir os paradigmas concebidos e reproduzidos pelo conservacionismo. A EA "não pode estar reduzida a uma simples visão ecologista, naturalista ou conservadora sem perder a legitimidade social" (LUZZI, 2005, p. 398), porque ela está inserida em um campo político e social que abarca problemas como: pobreza, analfabetismo, má distribuição de renda e a participação consciente dos cidadãos. Em termos metodológicos realizamos um estudo qualitativo, posto que objetivávamos conhecer aspectos particulares da atuação do sujeito pesquisado, retratando sua realidade. De acordo com Fraser e Gondim (2004, p. 8) a abordagem qualitativa da pesquisa, permite além de conhecer a opinião do sujeito a respeito de determinado assunto, "entender as motivações, os significados e os valores que sustentam as opiniões e as visões de mundo". Assim sendo, a coleta de dados fora realizada por meio da aplicação de um instrumento impresso com o intuito de obter respostas para o seguinte enunciado: 1) Relate como você aborda os conteúdos de Educação Ambiental em suas aulas. As análises das respostas foram sustentadas teoricamente em Carvalho (2005), Guimarães (2004), Layrargues (2009, 2004 e 2005) e Loureiro (2007, 2004), que retratam a circulação de duas concepções de EA, já caracterizadas anteriormente, a saber: concepção conservadora/comportamentalista e a concepção crítica/emancipatória/transformadora. Os resultados das análises sinalizaram que os professores participantes da pesquisa, desde a formação inicial, tiveram acesso à tendência conservadora/comportamentalista da EA. Assim, na maioria das vezes, acreditamos que sem tomar consciência, as reproduzem em suas salas de aula, dando forma às práticas pedagógicas com viés ecológico-conservacionista, abrindo mão dos problemas sociais que, em primeira e última instância, tornam mais significativos os processos de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, as categorias que emergiram da análise dos dados, e que direcionaram as análises, foram as seguintes: 1) Abordagem interdisciplinar, 2) Desenvolvimento de projetos, 3) Prática voltada para o tratamento do lixo e 4) Prática relacionada à conservação da floresta, ar e água. Em relação à abordagem interdisciplinar os dados nos permitiram entender que os sujeitos reconhecem a transversalidade do tema e citam as disciplinas de Ciências, Geografia, História e Artes, como possibilidades para efetivação da referida abordagem. Carvalho (2005, p.59), contudo, diz que a condição transversal da EA "é um desafio", pois por ser transversal a temática não possui um lugar demarcado no currículo escolar. Ou seja, de um lado sua abordagem é responsabilidade de todos e, de outro, poderá ser de ninguém. As falas que indicam a abordagem da EA a partir do desenvolvimento de projetos, marcam, a nosso ver, o caráter passageiro das estratégias de ensino. A culminância de um evento dessa natureza provoca a descontinuidade da abordagem, fazendo com que os assuntos discutidos caiam no esquecimento. Nesse contexto, temos dúvidas sobre a eficácia dos projetos na promoção de novas práticas comportamentais. Parece-nos que os mesmos são, por vezes, mera reprodução de práticas descontextualizada da realidade socioambiental na qual as escolas se inserem. Como terceira categoria temos as falas que indicam os exemplos de práticas voltadas para o tratamento do lixo. Elas estavam relacionadas com a limpeza da casa e do quintal para evitar o acúmulo de lixo e de água parada. Entender os efeitos dessa mobilização é tema para outro estudo, no entanto, entendemos que restringir discussões importantes e amplas, como as que envolvem a EA, à abordagem de uma única temática, tratamento do lixo, não promove o compromisso efetivo com a situação-problema que é muito mais ampla e complexa e gera o desenvolvimento de ações pontuais e desprovidas de criticidade e possibilidade de continuidade. Por fim, fora possível encontrar, nas falas dos sujeitos, a indicação de práticas relacionadas à conservação da floresta, ar e água. Temos nesse caso, falas que deixam transparecer a dissociação do "meio ambiente" com a "sociedade". Em síntese, de forma geral, percebemos que as falas, que se traduzem em práticas escolares, não representam a abordagem crítica/emancipatória/transformadora da EA, pois não evidenciam o compromisso efetivo da abordagem da referida temática com questões de cunho social. Por isso, como alternativa para que, em contexto escolar, a EA possa ser melhor e mais coerentemente abordada defendemos, com o presente estudo, a viabilização de oportunidades, aos que trabalham com EA, para realizarem discussões pautadas na concepção crítica, emancipatória e transformadora, considerando sua amplitude e complexidade e reconhecendo os limites que, por vezes, a realidade escolar impõe e a importância de superá-los desenvolvendo um trabalho cooperativo com envolvimento de diferentes agentes internos e externos à escola. Palavras-chave: Educação Ambiental, Ensino, Aprendizagem, Práticas Pedagógicas. Referências CARVALHO I. C. M. A Invenção do sujeito ecológico: identidade e subjetividade na formação dos educadores ambientais. In: SATO, M. CARVALHO, C. M. C. (orgs) Educação Ambiental: Pesquisa e Desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz Terra, 1997."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "443-53531-24112018-134606.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:39"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:15:05"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "CAMILA ALMEIDA DA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "CAMILA"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 51402
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 458
    "inscrito_id" => 53531
    "titulo" => "EDUCAÇÃO AMBIENTAL: COMO A TEMÁTICA É ABORDADA PELOS DOCENTES QUE ATUAM NOS ANOS INICIAIS, DO ENSINO FUNDAMENTAL?"
    "resumo" => "EDUCAÇÃO AMBIENTAL: como a temática é abordada pelos docentes que atuam nos anos iniciais, do Ensino Fundamental? Camila Almeida da Silva, camilaczs_ac@hotmail.com, SEE/AC Francisco Sidomar Oliveira da Silva, sydomar_czs@hotmail.com, Cela/Ufac Aline Andréia Nicolli, aanicolli@gmail.com, Cela/Ufac Processos de ensino e aprendizagem Resumo Este texto apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou responder a seguinte questão: "Como a Educação Ambiental está sendo abordada pelos docentes que atuam nos anos iniciais, do Ensino Fundamental?". Sendo assim, cabe destacar que, a nosso ver, a abordagem da temática Educação Ambiental (EA), em contexto educacional, visa a transformação social. Por isso, importante termos clareza do que indicam as duas principais concepções existentes, para podermos identificar como elas estão sendo trabalhadas na escola, vejamos: (a) EA Conservadora e Comportamentalista: fragmenta em partes a visão de mundo e direciona seu foco para as causas ecológicas na perspectiva da mudança comportamental e individual do sujeito. Segundo Loureiro, esse pensamento "... não vem dando conta de estabelecer uma relação equilibrada entre indivíduos em sociedade e a natureza, o que se manifesta pela crise socioambiental" (2007, p. 89). Esta concepção de EA encontra-se ancorada na hegemonia do homem sob a natureza, marcada por uma relação de dominação e hierarquização e (b) EA Crítica, Emancipatória e Transformadora: ancorada nas ideias emancipatórias de Paulo Freire (1997, 1999), essa concepção gera inquietações quanto à problemática socioambiental em sua amplitude, além de desconstruir os paradigmas concebidos e reproduzidos pelo conservacionismo. A EA "não pode estar reduzida a uma simples visão ecologista, naturalista ou conservadora sem perder a legitimidade social" (LUZZI, 2005, p. 398), porque ela está inserida em um campo político e social que abarca problemas como: pobreza, analfabetismo, má distribuição de renda e a participação consciente dos cidadãos. Em termos metodológicos realizamos um estudo qualitativo, posto que objetivávamos conhecer aspectos particulares da atuação do sujeito pesquisado, retratando sua realidade. De acordo com Fraser e Gondim (2004, p. 8) a abordagem qualitativa da pesquisa, permite além de conhecer a opinião do sujeito a respeito de determinado assunto, "entender as motivações, os significados e os valores que sustentam as opiniões e as visões de mundo". Assim sendo, a coleta de dados fora realizada por meio da aplicação de um instrumento impresso com o intuito de obter respostas para o seguinte enunciado: 1) Relate como você aborda os conteúdos de Educação Ambiental em suas aulas. As análises das respostas foram sustentadas teoricamente em Carvalho (2005), Guimarães (2004), Layrargues (2009, 2004 e 2005) e Loureiro (2007, 2004), que retratam a circulação de duas concepções de EA, já caracterizadas anteriormente, a saber: concepção conservadora/comportamentalista e a concepção crítica/emancipatória/transformadora. Os resultados das análises sinalizaram que os professores participantes da pesquisa, desde a formação inicial, tiveram acesso à tendência conservadora/comportamentalista da EA. Assim, na maioria das vezes, acreditamos que sem tomar consciência, as reproduzem em suas salas de aula, dando forma às práticas pedagógicas com viés ecológico-conservacionista, abrindo mão dos problemas sociais que, em primeira e última instância, tornam mais significativos os processos de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, as categorias que emergiram da análise dos dados, e que direcionaram as análises, foram as seguintes: 1) Abordagem interdisciplinar, 2) Desenvolvimento de projetos, 3) Prática voltada para o tratamento do lixo e 4) Prática relacionada à conservação da floresta, ar e água. Em relação à abordagem interdisciplinar os dados nos permitiram entender que os sujeitos reconhecem a transversalidade do tema e citam as disciplinas de Ciências, Geografia, História e Artes, como possibilidades para efetivação da referida abordagem. Carvalho (2005, p.59), contudo, diz que a condição transversal da EA "é um desafio", pois por ser transversal a temática não possui um lugar demarcado no currículo escolar. Ou seja, de um lado sua abordagem é responsabilidade de todos e, de outro, poderá ser de ninguém. As falas que indicam a abordagem da EA a partir do desenvolvimento de projetos, marcam, a nosso ver, o caráter passageiro das estratégias de ensino. A culminância de um evento dessa natureza provoca a descontinuidade da abordagem, fazendo com que os assuntos discutidos caiam no esquecimento. Nesse contexto, temos dúvidas sobre a eficácia dos projetos na promoção de novas práticas comportamentais. Parece-nos que os mesmos são, por vezes, mera reprodução de práticas descontextualizada da realidade socioambiental na qual as escolas se inserem. Como terceira categoria temos as falas que indicam os exemplos de práticas voltadas para o tratamento do lixo. Elas estavam relacionadas com a limpeza da casa e do quintal para evitar o acúmulo de lixo e de água parada. Entender os efeitos dessa mobilização é tema para outro estudo, no entanto, entendemos que restringir discussões importantes e amplas, como as que envolvem a EA, à abordagem de uma única temática, tratamento do lixo, não promove o compromisso efetivo com a situação-problema que é muito mais ampla e complexa e gera o desenvolvimento de ações pontuais e desprovidas de criticidade e possibilidade de continuidade. Por fim, fora possível encontrar, nas falas dos sujeitos, a indicação de práticas relacionadas à conservação da floresta, ar e água. Temos nesse caso, falas que deixam transparecer a dissociação do "meio ambiente" com a "sociedade". Em síntese, de forma geral, percebemos que as falas, que se traduzem em práticas escolares, não representam a abordagem crítica/emancipatória/transformadora da EA, pois não evidenciam o compromisso efetivo da abordagem da referida temática com questões de cunho social. Por isso, como alternativa para que, em contexto escolar, a EA possa ser melhor e mais coerentemente abordada defendemos, com o presente estudo, a viabilização de oportunidades, aos que trabalham com EA, para realizarem discussões pautadas na concepção crítica, emancipatória e transformadora, considerando sua amplitude e complexidade e reconhecendo os limites que, por vezes, a realidade escolar impõe e a importância de superá-los desenvolvendo um trabalho cooperativo com envolvimento de diferentes agentes internos e externos à escola. Palavras-chave: Educação Ambiental, Ensino, Aprendizagem, Práticas Pedagógicas. Referências CARVALHO I. C. M. A Invenção do sujeito ecológico: identidade e subjetividade na formação dos educadores ambientais. In: SATO, M. CARVALHO, C. M. C. (orgs) Educação Ambiental: Pesquisa e Desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz Terra, 1997."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "443-53531-24112018-134606.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:39"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:15:05"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "CAMILA ALMEIDA DA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "CAMILA"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: como a temática é abordada pelos docentes que atuam nos anos iniciais, do Ensino Fundamental? Camila Almeida da Silva, camilaczs_ac@hotmail.com, SEE/AC Francisco Sidomar Oliveira da Silva, sydomar_czs@hotmail.com, Cela/Ufac Aline Andréia Nicolli, aanicolli@gmail.com, Cela/Ufac Processos de ensino e aprendizagem Resumo Este texto apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou responder a seguinte questão: "Como a Educação Ambiental está sendo abordada pelos docentes que atuam nos anos iniciais, do Ensino Fundamental?". Sendo assim, cabe destacar que, a nosso ver, a abordagem da temática Educação Ambiental (EA), em contexto educacional, visa a transformação social. Por isso, importante termos clareza do que indicam as duas principais concepções existentes, para podermos identificar como elas estão sendo trabalhadas na escola, vejamos: (a) EA Conservadora e Comportamentalista: fragmenta em partes a visão de mundo e direciona seu foco para as causas ecológicas na perspectiva da mudança comportamental e individual do sujeito. Segundo Loureiro, esse pensamento "... não vem dando conta de estabelecer uma relação equilibrada entre indivíduos em sociedade e a natureza, o que se manifesta pela crise socioambiental" (2007, p. 89). Esta concepção de EA encontra-se ancorada na hegemonia do homem sob a natureza, marcada por uma relação de dominação e hierarquização e (b) EA Crítica, Emancipatória e Transformadora: ancorada nas ideias emancipatórias de Paulo Freire (1997, 1999), essa concepção gera inquietações quanto à problemática socioambiental em sua amplitude, além de desconstruir os paradigmas concebidos e reproduzidos pelo conservacionismo. A EA "não pode estar reduzida a uma simples visão ecologista, naturalista ou conservadora sem perder a legitimidade social" (LUZZI, 2005, p. 398), porque ela está inserida em um campo político e social que abarca problemas como: pobreza, analfabetismo, má distribuição de renda e a participação consciente dos cidadãos. Em termos metodológicos realizamos um estudo qualitativo, posto que objetivávamos conhecer aspectos particulares da atuação do sujeito pesquisado, retratando sua realidade. De acordo com Fraser e Gondim (2004, p. 8) a abordagem qualitativa da pesquisa, permite além de conhecer a opinião do sujeito a respeito de determinado assunto, "entender as motivações, os significados e os valores que sustentam as opiniões e as visões de mundo". Assim sendo, a coleta de dados fora realizada por meio da aplicação de um instrumento impresso com o intuito de obter respostas para o seguinte enunciado: 1) Relate como você aborda os conteúdos de Educação Ambiental em suas aulas. As análises das respostas foram sustentadas teoricamente em Carvalho (2005), Guimarães (2004), Layrargues (2009, 2004 e 2005) e Loureiro (2007, 2004), que retratam a circulação de duas concepções de EA, já caracterizadas anteriormente, a saber: concepção conservadora/comportamentalista e a concepção crítica/emancipatória/transformadora. Os resultados das análises sinalizaram que os professores participantes da pesquisa, desde a formação inicial, tiveram acesso à tendência conservadora/comportamentalista da EA. Assim, na maioria das vezes, acreditamos que sem tomar consciência, as reproduzem em suas salas de aula, dando forma às práticas pedagógicas com viés ecológico-conservacionista, abrindo mão dos problemas sociais que, em primeira e última instância, tornam mais significativos os processos de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, as categorias que emergiram da análise dos dados, e que direcionaram as análises, foram as seguintes: 1) Abordagem interdisciplinar, 2) Desenvolvimento de projetos, 3) Prática voltada para o tratamento do lixo e 4) Prática relacionada à conservação da floresta, ar e água. Em relação à abordagem interdisciplinar os dados nos permitiram entender que os sujeitos reconhecem a transversalidade do tema e citam as disciplinas de Ciências, Geografia, História e Artes, como possibilidades para efetivação da referida abordagem. Carvalho (2005, p.59), contudo, diz que a condição transversal da EA "é um desafio", pois por ser transversal a temática não possui um lugar demarcado no currículo escolar. Ou seja, de um lado sua abordagem é responsabilidade de todos e, de outro, poderá ser de ninguém. As falas que indicam a abordagem da EA a partir do desenvolvimento de projetos, marcam, a nosso ver, o caráter passageiro das estratégias de ensino. A culminância de um evento dessa natureza provoca a descontinuidade da abordagem, fazendo com que os assuntos discutidos caiam no esquecimento. Nesse contexto, temos dúvidas sobre a eficácia dos projetos na promoção de novas práticas comportamentais. Parece-nos que os mesmos são, por vezes, mera reprodução de práticas descontextualizada da realidade socioambiental na qual as escolas se inserem. Como terceira categoria temos as falas que indicam os exemplos de práticas voltadas para o tratamento do lixo. Elas estavam relacionadas com a limpeza da casa e do quintal para evitar o acúmulo de lixo e de água parada. Entender os efeitos dessa mobilização é tema para outro estudo, no entanto, entendemos que restringir discussões importantes e amplas, como as que envolvem a EA, à abordagem de uma única temática, tratamento do lixo, não promove o compromisso efetivo com a situação-problema que é muito mais ampla e complexa e gera o desenvolvimento de ações pontuais e desprovidas de criticidade e possibilidade de continuidade. Por fim, fora possível encontrar, nas falas dos sujeitos, a indicação de práticas relacionadas à conservação da floresta, ar e água. Temos nesse caso, falas que deixam transparecer a dissociação do "meio ambiente" com a "sociedade". Em síntese, de forma geral, percebemos que as falas, que se traduzem em práticas escolares, não representam a abordagem crítica/emancipatória/transformadora da EA, pois não evidenciam o compromisso efetivo da abordagem da referida temática com questões de cunho social. Por isso, como alternativa para que, em contexto escolar, a EA possa ser melhor e mais coerentemente abordada defendemos, com o presente estudo, a viabilização de oportunidades, aos que trabalham com EA, para realizarem discussões pautadas na concepção crítica, emancipatória e transformadora, considerando sua amplitude e complexidade e reconhecendo os limites que, por vezes, a realidade escolar impõe e a importância de superá-los desenvolvendo um trabalho cooperativo com envolvimento de diferentes agentes internos e externos à escola. Palavras-chave: Educação Ambiental, Ensino, Aprendizagem, Práticas Pedagógicas. Referências CARVALHO I. C. M. A Invenção do sujeito ecológico: identidade e subjetividade na formação dos educadores ambientais. In: SATO, M. CARVALHO, C. M. C. (orgs) Educação Ambiental: Pesquisa e Desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz Terra, 1997.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.