ÁGUA VIRTUAL: LIMITES DE UM CONCEITO E DE UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO
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O Brasil está entre os países que mais exportam água virtual em produtos como carne e soja – o Nordeste Semiárido exporta mais do que importa. A proposta deste artigo é, de um lado, apresentar e discutir os resultados de uma revisão sistemática sobre o uso do conceito por pesquisadores brasileiros, particularmente os que atuam em instituições situadas em territórios do Semiárido nordestino, observando, dentre outras questões, o contexto dos usos, a natureza da produção, os enfoques, a compreensão implícita ou explicita de água, inferências sobre modelos de desenvolvimento e as evidências do tipo de apropriação (concordância, reforço, crítica etc); e, de outro, propor um debate sobre água virtual e desenvolvimento, dialogando, criticamente, com os achados. A pesquisa tem caráter exploratório e foi realizada em duas bases específicas de dados: o Portal de Periódicos da Capes e a Base Scielo Periódicos. Nas duas bases foram utilizados os mesmo descritores para a busca: água virtual e água virtual e sustentabilidade. Considerando que o conceito de água virtual aparece em texto datado de 1998, a pesquisa tomou como recorte, o período compreendido entre 1998 e 2018. Levou-se em consideração apenas os textos publicados, exclusivamente, no Brasil e em periódicos. Foram considerados, para análise, apenas os textos em que os descritores apareciam pelo menos no título, resumo ou palavras chaves. A análise dos achados foi feita à luz dos enfoques de CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) e da abordagem da ecologia política. Em cerca de 70 textos, nas duas bases, foram observados que o conceito de água virtual apareceu mais em: estudos centrados na produção de commodities, gestão de recursos hídricos, agro e hidronegócio, importação e exportação, produção de alimentos e consumo de água. De maneira geral, o conceito aparece associado ao de pegada hídrica e sustentabilidade. 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