A transição nutricional que ocorre no Brasil influencia o perfil epidemiológico causando alterações nos padrões de morbimortalidade, propiciando as doenças crônicas não transmissíveis e as deficiências nutricionais na população. Com esta problemática torna-se necessário um modelo de atenção à saúde que vise os princípios da universalidade, integralidade e equidade, voltando suas práticas para a vigilância à saúde, principalmente no que diz respeito à segurança alimentar. O estudo propõe uma reflexão sobre a influência do Nutricionista na Atenção Primária à Saúde (APS), estando inserido através da Residência Integrada em Saúde (RIS). O objetivo é apresentar argumentos que mostrem que é indispensável à presença do Nutricionista na Estratégia Saúde da Família (ESF) e no Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), sendo um profissional necessário para a mudança do quadro nutricional no Brasil, como delinear sua imersão no programa de residência em saúde, onde programa ações de promoção e a proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação da saúde, a redução de danos e a manutenção da saúde, propondo práticas alimentares saudáveis. Porém, sua atuação na Saúde Pública ainda é tímida, incipiente e reduzida. Realizou-se no período de maio de 2014 a maio de 2016. Estudo de natureza descritiva baseado em relato de experiência. O lócus de prática é uma unidade de APS do município de Fortaleza, Ceará. Nota-se que práticas multiprofissionais se aproximam dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e que o nutricionista residente atua integralmente, sendo de grande valor frente à ESF. Analisou-se que a promoção da saúde aponta perspectivas e desafios ao campo da alimentação e nutrição. Conclui-se que no processo para adotar práticas de vigilância em saúde, como a segurança alimentar, a atuação do nutricionista é imprescindível e que o programa de residência contribui abundantemente para a formação profissional do nutricionista em saúde da família e comunidade.