Este estudo objetivou analisar as representações sociais da equipe de enfermagem, sobre a segurança no manuseio de medicamentos em idosos. Estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, como fundamentação teórica das Representações Sociais. Os dados foram coletados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público, localizado em Fortaleza-Ceará, constituído por 27 leitos para cuidados intensivos. Participaram da pesquisa 15 enfermeiros e 32 técnicos de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de entrevista estruturada com dados sóciodemográficos e questões norteadoras, além da observação não participante. As entrevistas foram gravadas e transcritas para análise por meio do software Alceste, versão 2010. A pesquisa teve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer 679.888. A análise do corpus textual das entrevistas resultou na formação de quatro classes temáticas, a classe 1, com a temática – proteção da equipe de enfermagem e do paciente –, representada por equipamentos de proteção individual (EPIs) e técnicas de proteção para garantir a segurança da equipe de enfermagem e do paciente. Constituída por 49 Unidade de Contextos e 52 palavras analisáveis, perfazendo 13% do corpus e foi a segunda a ser dividida das demais classes. O programa Alceste realizou um corte contendo as palavras com khi² maior ou igual a 7. Os vocábulos ilustrativos desta classe são: luva (khi² 86), usar (khi² 86), máscara (khi² 78), epis (khi² 65), técnica correta (khi² 46), contaminar (khi² 42), lavar as mãos (khi² 21), gorro (khi² 19), segurança (khi² 19), infecção (khi² 19), preparo de medicamento (khi² 18), experiência (khi² 13), dia a dia (khi² 12) e técnicas assépticas (khi² 12). As ideias centrais contidas nesta classe, apontam a proteção individual e coletiva ancorada nos equipamentos de proteção individual e em técnicas que evitem a contaminação, principalmente, no preparo de medicamentos. no entanto, ancora seu conteúdo para o uso de equipamentos de proteção individual e a educação continuada como ações preventivas para segurança no manuseio medicamentoso. Esta classe não teve ligação direta com o cuidado de enfermagem à pessoa idosa, mas a proteção do profissional independente do público assistido. Pode-se considerar, portanto, que a equipe de enfermagem manifesta uma preocupação generalista frente ao público assistido. Sustenta o fazer com base em normas e políticas, que conforme as representações desses sujeitos, apresentam lacunas na realização de técnicas em seu ambiente de trabalho. Portanto, a equipe de enfermagem investigada reconhece as fragilidades e potencialidades apresentadas na prática assistencial cotidiana no manuseio de medicamentos.