Em busca de soluções para conciliar aspectos conflitantes da identidade de pessoas que vivem com HIV/AIDS, a presente pesquisa se propõe a analisar o processo de construção de identidade de pessoas soro-positivas, partindo de uma investigação de uma narrativa autobiográfica (BAKTHIN, 1998 [1975]) com intuito detectar percepções que parecem naturalizadas tanto pelo sistema e quanto por aqueles que vivenciam o processo de adesão a antirretrovirais, que envolvem também questão subjetiva relativas a preconceitos exclusão social. O autorreconhecimento da pesquisadora como pessoa soro-positiva e a descrição das suas relações com o sistema de saúde, seus amigos e a instituição de ensino pode contribuir para melhorar as políticas dirigidas ao grupo de pessoas da qual faz parte e auxiliar os profissionais de saúde a lidarem com dificuldades sem preconceito, visto a importância de aprender, compreender e atender aos indivíduos, visando ações direcionadas à resolutividade e ao fortalecimento do vínculo entre paciente e profissional de saúde, garantindo uma melhor do atendimento a essas pessoas e, consequentemente, melhor qualidade de vida para o (a) paciente.