Artigo Anais III JOIN / Edição Brasil

ANAIS de Evento

ISSN: 2594-8318

PRESENÇA DE FUNGOS DEMÁCEOS EM AMBIENTES HOSPITALARES TERCIÁRIOS NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA-CE

Palavra-chaves: QUALIDADE DO AR, HOSPITAL, FUNGO Pôster (PO) CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
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Publicado em 12 de outubro de 2017

Resumo

Os fungos são organismos encontrados nos mais diferentes ambientes, justamente por apresentarem estruturas chamadas de esporos, que ajudam na sua dispersão. Estes organismos podem ser diferenciados em hialinos e demáceos. Os fungos demáceos são especificamente mais associados às infecções fúngicas e afetam geralmente indivíduos imunocomprometidos. Diante disso, o objetivo do trabalho foi analisar a presença de fungos demáceos em dois hospitais terciários de Fortaleza-CE, com o intuito de conhecer a diversidade fúngica nesses ambientes. O experimento foi realizado em duas unidades hospitalares terciárias de Fortaleza-CE, durante oito meses de coleta (novembro/2016 a junho/2017). Em cada unidade hospitalar foram selecionados 5 pontos amostrais, a saber: recepção da emergência, consultório da emergência, unidade de terapia intensiva, ambulatório e estacionamento. As coletas ocorreram mensalmente em cada local e, para isso, utilizou-se o método da sedimentação passiva em placas de Petri de 150 mm de diâmetro, contendo o meio de cultura Ágar Batata Dextrose (Himedia®). As placas ficaram expostas por 12 horas (7 as 19 horas), a uma altura de 1,50 m acima do solo. Findo o período de coleta, as placas de Petri contendo as amostras biológicas foram encaminhadas ao Laboratório de Microbiologia - LAMIC da Universidade Estadual do Ceará, e permaneceram incubadas a temperatura de 25 – 27 °C durante sete dias. A partir do aparecimento de colônias fúngicas, procedeu-se a contagem global das mesmas e foram analisadas macroscopicamente e microscopicamente. De acordo com os resultados, o hospital A e B obtiveram o somatório total dos oito meses analisados (novembro/2016 a junho/2017), de 5.666 UFC.m-3 e 6.474 UFC.m-3, respectivamente. No Hospital A, identificou-se no período analisado um total de 13 gêneros fúngicos, sendo eles Cladosporium (100%), Mucor (87,5%), Curvularia (75%), Alternaria (62,5%), Bipolaris (50%), Exophiala (50%), Nigrospora (50%), Scytalidium (37,5%), Cladophialophora (37,5%), Rhizopus (25%), Aureobasidium (12,5%), Cunninghamella (12,5%) e Cyphellophora (12,5%). Já no Hospital B, identificou-se 12 gêneros fúngicos, sendo eles Mucor (100%), Curvularia (62,5%), Cladosporium (50%), Rhizopus (50%), Alternaria (37,5%), Nigrospora (37,5%), Exophiala (25%), Bipolaris (12,5%), Cladophialophora (12,5%), Cunnunghamella (12,5%), Exserohilium (12,5%) e Scytalidium (12,5%). Em relação à presença dos gêneros fúngicos nos 5 setores analisados dos dois hospitais, encontrou-se no Hospital A, que o estacionamento, ambulatório e unidade de terapia intensiva foram os setores com maior diversidade fúngica, com 9 gêneros respectivamente; já no hospital B, encontrou-se maior diversidade fúngica na unidade de terapia intensiva e consultório da emergência, com 7 fungos respectivamente. O presente trabalho identificou a presença de 14 gêneros fúngicos em dois ambientes hospitalares terciários, sendo a Unidade de Terapia Intensiva, o setor principal comum aos dois hospitais, com maior diversidade. Neste tipo de ambiente encontra-se pacientes com sistema imunológico comprometido, e a presença de fungos que podem atuar como patógenos primários podem desencadear infecções nestes pacientes. Portanto, conhecer a diversidade de fungos presentes em ambientes hospitalares é de grande importância para combater os possíveis impactos que estes micro-organismos venham causar e garantir a qualidade do ar desses ambientes.

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