O Zika vírus (ZIKV) é um arbovírus da família Flaviviridae, oriundo da Floresta de Zika, na Uganda. O primeiro surto da doença deu-se em 2007 na Ilha de Yap, nos Estados Federados da Micronésia onde foi confundida com o vírus dengue (DENV), uma vez que os testes diagnósticos da época comprovaram IgM positivo para o DENV. Porém, os sintomas apresentavam-se diferentes dos usuais e somente após análises por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) realizadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) o ZIKV foi confirmado. No Brasil, a doença ganhou notabilidade nos anos de 2014 e 2015 com o aumento dramático de crianças com microcefalia, além de casos de distúrbios neurológicos e Síndrome de Guillain-Barré. Neste trabalho, foram realizadas clonagens e expressões dos genes que codificam as proteínas do capsídeo (C) e não estrutural 1 (NS1) do Zika vírus em linhagens de E. coli. A proteína recombinante purificada será analisada por ensaios imunológicos. Para a multiplicação do inserto os plasmídeos recombinantes foram transformados em E. coli BL21, seguido de indução das mesmas com diferentes concentrações de IPTG e temperatura para a análise da expressão das proteínas por SDS-PAGE e Western Blotting. Os resultados se mostraram satisfatórios com a produção da proteína de maneira igualitária nas três diferentes concentrações de IPTG e temperatura e ambas proteínas no tamanho esperado de 351 pb (19,1kDa) para a proteína do capsídeo e 1050 pb (46,6kDa) para a NS1. Tais resultados, ampliam a disponibilidade de antígenos para serem utilizados na composição de vacinas e em testes diagnósticos contra o Zika vírus no mercado brasileiro.