A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica que atinge principalmente os nervos periféricos, sendo de grande relevância para a Saúde Pública. Na busca de alcançar a meta de eliminação, o Brasil, na figura do Ministério da Saúde, lançou o Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH), que visa direcionar as ações de Vigilância em Saúde no combate e eliminação desta doença. Desde 1990 a assistência a pacientes com Hanseníase foi difundida em todos os níveis de atenção e serviços de saúde, mas somente em 2000 que o Ministério da Saúde preconizou que a Atenção Primária à Saúde (APS) deveria ser o principal ponto de atenção. Essa pesquisa tem como objetivo analisar as evidências disponíveis na literatura sobre o papel da APS no Controle da Hanseníase. Foi realizado cruzamento com os seguintes descritores: Primary Health Care e Leprary. Após a realização dessa pesquisa foram encontrados 95 artigos. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, escritos em Português e publicados nos últimos cinco anos, restando 33 artigos para a análise. Após leitura dos artigos foram selecionados 4 para analise final, pois se enquadravam com a temática em questão. A APS é o primeiro nível de atenção, atua com o menor nível de densidade tecnológica, mas com alta complexidade de situações. Norteia-se pelos princípios da acessibilidade, integralidade, horizontalidade, coordenação do cuidado e com o foco na família. As ações de educação em saúde realizadas na APS são de suma importância no combate desta doença, mas devido à grande demanda alguns profissionais acabam negligenciando essa atividade e dando maior ênfase ao modelo clínico assistencial. Ao desempenhar essa ação, deve-se buscar mudar os comportamentos estigmatizantes adotados por alguns usuários. As informações ofertadas devem orientar e divulgar conhecimentos adequados sobre a patologia em questão e desmistificar a imagem negativa relacionada a ela. Por diversas vezes os comportamentos inadequados assumidos pelos pacientes são decorrentes de orientações equivocadas. É importante investir em atividades de educação em saúde para que a população adquira conhecimentos sobre os meios de transmissão, os sintomas e os meios de se prevenir e assim reduzir a cadeira de transmissão.