Neste texto, que se ampara numa pesquisa de natureza documental de base qualitativa-interpretativa, busca-se refletir sobre a configuração teórica da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio sobre o ensino de produção textual escrita, discutindo-se os aspectos conceituais e estruturais que formam a BNCC e as implicações que ela terá para esse nível de ensino. Para dar embasamento a nossa pesquisa, buscamos as contribuições de Moreira (2008), Young (2010), Lopes (2011, 2012), Varela (2013), Campos (2017) e Ferreira (2018), na área do currículo. Já na área de linguagens, nos reportamos a Antunes (2003, 2009), Koch (2003, 2008), Soares (2009) e Benveniste (1989). Percebe-se nas leituras feitas que o texto da BNCC é formado por teorias que contemplam “a educação integral dos estudantes no que concerne aos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais” (BRASIL, p. 464). Assim é notado claramente em seu texto é ampla abordagem de conceito de Língua e texto, pautados na interação, no contexto, e na construção de sentidos. A referência a esta educação integral, a uma educação de qualidade está presente em outros documentos oficiais e se constitui em um direito de cada cidadão. O que é legítimo recuperar. No entanto, é preciso haver mudanças, mas elas precisam ir além das organizações curriculares.