O presente artigo busca analisar o papel do Movimento Pau de Arara (MPA), movimento social surgido na cidade de Mossoró-RN e principal aglutinador da juventude local na luta por mobilidade urbana, no período de 2013 a 2015. Neste trabalho, avaliaremos possibilidades e fragilidades do que consideramos como ‘novos movimentos sociais’, no que toca à garantia de direitos e transformação societária. Para isso, analisaremos especialmente a luta pelo direito à cidade, tão em voga após as jornadas de junho de 2013 e que ganhou importantes matizes em Mossoró com a atuação do MPA. Nosso trabalho se dividirá em três partes: primeiramente iremos analisar brevemente o surgimento dos chamados ‘novos movimentos sociais’ e sua relação com os movimentos sociais históricos. Após isto, articularemos, a partir de bibliografia produzida sobre a temática e vivências dentro do movimento, uma análise histórica do MPA, pensando suas principais mobilizações e controvérsias e por fim, faremos um debate sobre os limites e possibilidades da luta pelo direito à cidade a partir das experiências vivenciadas pelo coletivo supracitado e o horizonte de transformação social almejado pelos novos movimentos sociais. Embasando teoricamente este trabalho, utilizamos Maricato, Ghon e Montaño/Durigueto para abordar e nos ajudar a pensar o cenário dos movimentos sociais, retomaremos os trabalhos de Costa (2015) e Costa, Medeiros e Souza (2015) para falar do MPA, sua trajetória e conquistas. No que tange ao debate sobre direitos, usamos especialmente Tonet (2002), Santos (2002) e Sobottka (2006).