A escola é um ambiente de aprendizagem com grande diversidade de alunos e deve estar comprometida com o acolhimento e com atividades pedagógicas que sejam capazes de atender a essa diversidade. Ela deve estimular situações e utilizar recursos didáticos que favoreçam à aprendizagem dos alunos com e sem deficiência. O trabalho procurou contribuir na reflexão sobre a Educação Especial, ao relatar o desenvolvimento de uma metodologia utilizada nas aulas de Biologia que contemplava alunos com deficiência visual do 1º ano do ensino médio de uma escola regular de Fortaleza. Este trabalho propôs a utilização de modelos tridimensionais como ferramenta pedagógica no ensino de Biologia para estudantes com deficiência visual. Os modelos táteis tridimensionais foram produzidos com materiais simples e lúdicos, a partir de desenhos e esquemas dos conteúdos de Biomoléculas e Citologia, no intuito de propiciar ao aluno deficiente visual uma maior interação e percepção com o objeto de estudo, favorecendo uma aprendizagem mais significativa, tanto do educando cego como o de baixa visão, na área de Biologia. Os resultados mostraram a importância da implementação de metodologias ativas direcionadas a aprendizagem do aluno especial e que possibilitam a melhoria na interação com outros alunos. Os modelos tridimensionais se revelaram eficazes à aprendizagem desses alunos em Biologia. Ao final os modelos foram utilizados por todos os estudantes para garantir a interação entre os alunos e a discussão do conhecimento.