As mulheres mostraram que podem ocupar e exercer qualquer tipo de função e profissão, embora, ao longo do tempo, tenham conquistado alguns direitos, tais como de votarem e serem votadas, ainda são tratadas de forma inferior pela sociedade, a qual, ainda possui raízes profundas de uma herança histórica conservadora, patriarcal e machista, inibindo a atuação e segurança da mulher na atualidade. Não é á toa que nos últimos anos vem aumentando o número de mulheres nas páginas policiais vítimas de violência física, índices esses que atingem principalmente as mulheres negras, as quais além de sofrerem com tal questão de gênero, têm que lidar com as marcas da escravidão, escória do povo negro que 130 anos pós-abolição ainda perdura. Desse modo, este artigo tem como objetivo, repensar o lugar social da mulher negra na atualidade, para isso tomamos como objeto de pesquisa a música “Mulheres negras”, composição de Eduardo Taddeo e interpretação da cantora Yzalú. É uma pesquisa bibliográfica e documental, cuja fonte utilizada é a música já mencionada. Para a efetivação de tal discussão propomos um diálogo com Rodrigues (2010), Marcondes (2013), Ratts (2002) e Trippia (2014). Temos em vista refletir de que forma, a música já citada, pode ser inserida nas aulas de História do ensino médio para a elucidação do debate sobre gênero e racismo.