O objetivo principal desse trabalho foi analisar o procedimento de inclusão, refletindo sobre as práticas docentes em relação ao brincar nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os estudos fundamentaram-se na pesquisa bibliográfica de autores como: Coll (1994); Faria (apud FAZOLO; CARVALHO; LEITE, 1997); Kishimoto (1999); Luckesi (1991); Montessori (1989); Perrenoud (2002); Piaget (2003); Pimenta (2005); Vygotsky (1991); Wajskop (1995), entre outros; no referencial teórico e ainda por um questionário aplicado a 27 docentes com idades entre 18 e 60 anos, de cinco instituições públicas e uma privada de Ensino Fundamental do Rio de Janeiro. Os questionamentos levaram à reflexão sobre a compreensão que os docentes apresentavam sobre o valor da ludicidade no processo de aprendizagem e inclusão dos alunos com ou sem deficiências; a prioridade dada ao brincar em seus planejamentos diários e se nas instituições de ensino onde esses docentes estudaram, nos primeiros anos do ensino fundamental, o brincar fazia parte da prática pedagógica de seus professores. A intenção é tentar refletir sobre os motivos que levam alguns docentes a não utilizar o brincar como facilitador da aprendizagem e da inclusão. Verificou-se que a maioria dos entrevistados que não utilizam em seu dia a dia o brincar como recurso pedagógico estão na faixa etária acima dos 45 anos e, em sua maioria, quando crianças, estudaram em instituições de ensino onde o brincar não fazia parte da prática pedagógica de seus professores, mas apesar disso, esses educadores reconhecem o valor da ludicidade no fazer pedagógico, embora tenham dificuldades em utilizá-la no cotidiano escolar.