As expectativas e realidades do fazer e sentir pedagógico na educação inclusiva são delineadas por desafios cotidianos que transcendem ações como acomodar uma criança dentro da sala de aula. Na prática, a dificuldade docente pela ausência de formação continuada e a precária infraestrutura das escolas. Na teoria, a inclusão escolar das crianças como um direito assegurado por leis e documentos arduamente pautados numa construção histórica. Traçando conectivos entre teoria e prática, o artigo tem como objetivo apresentar uma experiência de inclusão escolar subsidiada por recursos audiovisuais, dialogando com o marco legal e as possíveis mediações que efetivam não apenas a inclusão, mas a proporcionam um aprendizado significativo para as crianças deficientes intelectuais. Nesse estudo, serão apresentadas algumas considerações advindas de ações pedagógicas permeadas com recursos audiovisuais, de forma especial o cinema e seus desdobramentos, realizadas na Escola Municipal José Albino Pimentel, situada numa comunidade quilombola do município de Conde – Paraíba, e como essa prática foi inserida no cotidiano escolar como prática educativa para a turma do 5º ano contemplando inclusive um estudante deficiente intelectual moderado. E ainda, como a importância do conhecimento do seu território e o suporte das tecnologias podem ancorar o respeito e a efetivação da diversidade no espaço escolar. Além de contextualizar os avanços legais que possibilitaram ao longo dos anos a efetivação dos direitos a inclusão das pessoas deficientes.