O principal objetivo desse trabalho foi avaliar a capacidade da remoção do petróleo emulsionado, utilizando o línter de algodão como biossorvente. As emulsões de óleo cru em solução altamente salina foram preparadas utilizando baixíssimas concentrações inicias de óleo cru. Os estudos de cinética e de isoterma de sorção foram avaliados em sistemas em batelada, para a dosagem do línter de algodão de 0,5 g/L, a 140 rpm e 37 ºC. A cinética de sorção foi analisada variando o tempo de contato e a isoterma de sorção foi avaliada, após 4 h de contato, ambos variando a concentração inicial de óleo cru na emulsão oleosa. Os resultados de cinética de sorção mostraram que o equilíbrio foi atingido após 2 h de contato entre a biomassa e o óleo. E os de isoterma de sorção evidenciaram que a porcentagem máxima de remoção do óleo cru pelo línter de algodão foi de 60%, a partir da concentração inicial de óleo de 60 mg/L na emulsão, atribuída a presença da celulose na fibra. Os limites mais expressivos a serem descartados foram observados para as concentrações de óleo cru no equilíbrio de 24 e 31 mg/L, referentes as concentrações iniciais de óleo cru de 60 e 80 mg/L na emulsão oleosa. Esses limites estão abaixo de 42 mg/L que é o limite diário recomendado pelo CONAMA. Este resultado indica que o línter de algodão poderá ser aplicado no tratamento de águas oleosas nestas condições.