É visível o fascínio das crianças e jovens por filmes e séries que tenham em seu enredo o imaginário e fantástico, na atualidade a produção cinematográfica age com veracidade em produções que satisfaçam esse público. Alice no País das Maravilhas, Chapéuzinho Vermelho, entre outros, são exemplo de obras que foram adaptadas para o cinema e se encontram englobadas em diversas séries televisivas como Once Upon na Time, Grimm, etc. Todavia, enquanto o cinematográfico ganha força, o literário perde espaço e adeptos, havendo um declínio na busca e leitura de obras literárias. O presente artigo tem como foco apresentar um relato de experiência a partir de resultados obtidos em observações e intervenções realizadas com crianças e adolescentes que frequentam oficinas de socialização no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) na cidade de Guarabira, Paraíba. Tendo como intencionalidade utilizar-se de filmes e séries como suporte para introdução e incentivo a leitura. Como suporte teórico bibliográfico utilizou-se Nóvoa (2000), Almeida (2010), Fantin (2006), entre outros. O intento é levar o texto escrito até crianças e jovens, fazendo com que a leitura seja integrada ao cotídiano das mesmas, além de garantir a liberdade necessária para que a leitura seja feita por prazer e não por imposição. Este trabalho, além de fazer uma reflexão sobre a utilização da vivência como ferramenta de ensino, vislumbra a literatura como ferramenta de socialização e integração de crianças e jovens que vivem em risco de vulnerabilidade social, utilizando-se do gênero fantástico para inspirá-los.