NETO, Érico De Moura et al.. Intumescimento de esferas de galactomanana e quitosana. Anais III CONAPESC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/43199>. Acesso em: 13/11/2024 09:46
Galactomananas são polissacarídeos extraídos de sementes de leguminosas e estruturalmente apresentam uma cadeia principal formada por unidades β-(1→4)-D-manose com ramificações de α-(1→6)-D-galactopiranose. A Quitosana é um copolímero de β-(1→4)-2-acetoamido-2-desoxi-D-glucopiranose e β-(1→4)-2-amino-2-desoxi-D-glucopiranose, obtida principalmente da desacetilação alcalina da quitina, polissacarídeo constituinte do exoesqueleto de crustáceos, tais como camarões e caranguejos. Por terem propriedades biocompatíveis e biodegradáveis, esses polissacarídeos têm gerado grande interesse na obtenção de materiais para uso biomédicos, no entanto, devido a solubilidade em meio aquoso, a interação com outros polímeros e a reticulação têm sido propostas para melhorar suas propriedades físico-químicas. Utilizando o método de emulsão água/óleo foram produzidas microesferas a base de galactomana obtida da Dimorphandra gardneriana e quitosana, a partir de soluções de galactomanana a 1% (m/v) em água destilada e quitosana 1% (m/v) em ácido acético 2%. As esferas obtidas apresentaram diâmetros de 1,1±0,4 mm, com rendimento de 51±5% e o ensaio de intumescimento mostrou que as esferas são capazes de absorver 250% de água em relação a sua massa e esse máximo de absorção de água foi atingido após 300 minutos, esse valor corresponde a uma absorção de 3,5 g de água absorvida por grama de esfera. O conhecimento adquirido com essa pesquisa visa o desenvolvimento de técnicas para utilização de produtos que hoje são descartados, possibilitando novas possibilidades de renda para a região.