Objetivando estruturar e ampliar estratégias didáticas, o ensino de ciências corrobora para a compreensão da natureza em sua realidade. Para isso, como forma de aproximar-se à uma boa leitura do mundo têm sido relacionada com a prática científica vivenciada pelos cientistas. Entretanto, a concepção elitista e de um método único para o trabalho científico tem sido permitida e vivenciada pela instituição escolar. Ou seja, consiste em transmissão de conceitos e teorias a serem memorizadas, como também a noção de uma ciência gloriosa, mecanicista e desconexa com a história e situada à margem da sociedade cultural. Diante disso, o artigo tem como foco delinear pontos de comunicações entre diferentes interpretações das práticas científicas para o ensino das ciências naturais, tomando como matrizes o Pensamento Complexo e os Saberes da Tradição. Para isso propomos um diálogo aberto entre os intelectuais Edgar Morin, Marta Pernambuco e o intelectual da tradição, Francisco Lucas da Silva, residente de Areia Branca, município de Assú, interior do Rio grande do Norte.