O relato em questão resulta de uma experiência de estágio desenvolvido em um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Mais precisamente se detendo a apresentar e discutir apenas uma das atividades realizadas no referido estágio, ou seja, uma intervenção realizada junto a um grupo de mulheres em sala de espera de uma Unidade Básica de Saúde localizada em Campina Grande – Paraíba, Brasil. Onde a partir da sala de espera ocorreram atividades de troca e compartilhamento de questões voltadas para o processo saúde-doença e os modos de cuidar. A população do estudo foi composta por oito mulheres e a coleta de dados se deu através de diários de campo dos estagiários e do aporte teórico-metodológico de Paulo Freire a partir do que ele propõe como sendo “Identificação-Problematização-Solução”. Utilizando-se para tanto uma dinâmica da ‘flor saudável x a flor doente’, por gerar um processo de identificação do interlocutor ao ser indagado sobre “qual flor o representa? A saudável ou a doente?”. Os resultados apontam para os aspectos positivos de atividades com grupos em sala de espera. Assim, promover uma intervenção desse tipo mostrou-se como sendo um passo importante para conhecer as suas demandas tornando possível, portanto, que elas mesmas se percebam capazes de elaborar ações que dêem espaço para que elas se voltem também para o cuidado de si mesmas. Revelando-se ser uma via pedagógica de formação importante para que os participantes usem de sua autonomia para procurar soluções e sugestões para resolução dos problemas uns dos outros.